segunda-feira, 16 de agosto de 2010

PORQUE NÃO DISCIPULAMOS COMO JESUS DISCIPULOU ?

PORQUE NÃO DISCIPULAMOS COMO JESUS DISCIPULOU ?

Reflexões do Pr.Paulo Solonca sobre artigo do Pr. David Kornfield


Estamos aqui nestes dias porque temos alguma coisa em comum. Tenho certeza de que aqui viemos porque soubemos que neste encontro falaríamos sobre discipulado. Creio que concordamos ser o discipulado algo de importância para as nossas vidas e para a igreja a qual estamos ligados. Talvez somos pessoas que de alguma forma estamos tentando desenvolver o discipulado em nossos ministérios .

Espero que nestes dias, alguns de nós abandonem a concepção de que discipulado é um ministério da igreja que se preocupa com novos convertidos. Nossa oração é que sejamos libertados da idéia Entretanto será que era isto que Jesus tinha em mente ? O discipulado que ele praticou produziu personalidades expressivas A maneira de Jesus discipular deu origem a homens e mulheres que impactaram a sociedade em que viviam . O discipulado praticado por Jesus forjou homens e mulheres que mudaram a história de suas próprias vidas e a história de sua região. Alguns chegaram a influenciar as personalidades das grandes potências da época.O discipulado de Jesus produziu líderes, que por sua vez geravam outros líderes.
Estamos aqui no nordeste para aferir o tipo de discipulado que praticamos com o tipo de discipulado que Jesus realizava.
Muitos de nós , nestes dias, precisamos avaliar e reavaliar nossos conceitos sobre discipulado. Tenho notado , andando por diversas partes de nossa nação que muitos líderes estão desanimados com os resultados que estão alcançando com o discipulado que desenvolvem . Creio que isto pode estar ligado ao fato de estes líderes estarem desenvolvendo um discipulado pouco parecido com o de Jesus.
O Pr. David Kornfield , indica pelo menos cinco razões pelas quais o discipulado de muitos não se parece com o discipulado de Jesus Cristo. 1. Problemas com a nossa exegese. 2. Problemas com a nossa história. 3. Problemas com a nossa prática institucional. 4. Problemas com a nossa prática pastoral. 5. Problemas com a nossa prática evangelística. 1. Não discipulamos devido a nossos problemas exegéticos. Existem pelo menos quatro razões exegéticas que nos impedem de entender a centralidade do discipulado na vida da igreja do Novo Testamento.
A. Não entendemos o discipulado como Jesus entendeu. A grande maioria dos pastores no Brasil entende o discipulado de forma diferente da de Jesus. Acha que o discipulado é um trabalho, de um a três meses, desenvolvido para ajudar novos convertidos; especialmente aqueles que estão se preparando para o batismo.
Jesus enxergou o discipulado de forma radicalmente diferente. Para início de conversa, Jesus gastou pelo menos 2 anos e meio com os primeiros discípulos. Na mente de Jesus, o discipulado não era a fase inicial da vida cristã. Discipulado para Jesus era para ser exercitado durante toda a vida.

Outra coisa, Jesus olhava para aqueles homens como os futuros líderes de sua Igreja. Era preciso, portanto, formá-los para que pudessem se reproduzir.

B. Não entendemos que o discipulado foi o principal ministério de Jesus nos três anos que antecederam sua morte. Não usamos "óculos de discipulado" quando lemos o Novo Testamento, muito menos o Antigo Testamento.

Não entendemos o significado de que o ministério de Jesus começou com o discipulado (Mt 4, Mc 1, Jo 1), terminou com o discipulado (veja o final de todos os evangelhos e Atos 1:1-8),

Discipulado é o coração da Grande Comissão em Mt. 28:18-20)
É a obra que o Pai confiou para o Filho fazer (João 17:4-6; 18:20).

Durante muitos séculos o coração da Grande Comissão foi traduzido "Ide, portanto, e ensinai" (Mt 28:19; versão corrigida). Só nas últimas décadas que foi traduzido da forma certa: "Ide, portanto, fazei discípulos".


C. Não entendemos que ser discípulo foi a identidade central da igreja primitiva no livro de Atos. Muitos até acham que o discipulado desaparece depois dos evangelhos. É interessante ver quais os nomes dados aos que creram e seguiram a Jesus no livros de Atos.

Nesse livro, foram chamados de igreja 20 vezes e de discípulos 26 vezes, sem contar cinco vezes que diferentes indivíduos são chamados de discípulos. Lembre-se que: "Em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos" (Atos 11:26b). D. Não entendemos a centralidade do discipulado nas epístolas. Existe uma boa razão para isto. A palavra "discípulo" ou "discípulos" não aparece nenhuma vez no Novo Testamento depois do livro de Atos!


Efésios 4:11-12 indica o papel dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Esse papel é aperfeiçoar os santos para que eles façam a obra do ministério.

Essa palavra aperfeiçoar (grego: katartismos) também pode ser traduzida por equipar ou treinar. É o papel central do pastor da igreja, e junto com ele, da equipe pastoral. Podemos entender isto como sinônimo de discipulado. Foi o que Jesus fez com os Doze.

Não discipulamos devido a nossos problemas históricos. Isto tem muito a ver com os problemas exegéticos citados a pouco, pois esses problemas têm se estendido através de décadas e até séculos. De forma sucinta podemos indicar três raízes desta cegueira. A. Não enxergamos as formas que os líderes do passado discipularam. Existiam líderes que discipularam. Podemos entender isto melhor através da definição de discipulado.

“ Discipulado é uma relação comprometida e pessoal onde um discípulo de Jesus Cristo ajuda a outros discípulos aproximarem-se mais dEle e assim , ajuda-os a se reproduzirem. “

Existem pastores e fundadores de denominações que se comprometeram com outros desta forma. Mas nossos óculos perdem esses detalhes. Enxergamos os resultados numéricos de seus trabalhos. Enxergamos o que eles escreveram. Enxergamos o templos construídos e outras instituições estabelecidas. Mas não enxergamos as horas passadas orando com os homens que Deus lhes confiou, chorando com eles, ministrando a eles pessoalmente, treinando-os e amando-os. B. Muitos dos fundadores das denominações não praticaram o discipulado.
Eles fizeram um papel apostólico, sem entender que o papel apostólico, da perspectiva bíblica, não pode ser separado da Grande Comissão de fazer discípulos e formar líderes (Mt 28:18-20; João 17:18-20; Ef. 4:11-12).

Geralmente estes grandes heróis da fé eram muito individualistas. Muitos eram autoritários, coronéis, e grandes chefões. Não trabalharam em equipe. Muitos não se relacionavam bem, não sabendo bem como manter relacionamentos duradouros.
Eram bons quanto a fazer um impacto inicial; fracos quanto a desenvolver e manter relacionamentos comprometidos. A história de suas famílias revelam esta triste verdade.
Ex :

Se não existirem outros líderes bem formados que possam assumir a liderança e manter o crescimento, muitas denominações estagnam, passam por crises, se dividem, e geralmente perdem o ritmo de crescimento que tiveram antes. C. A grande maioria dos pastores de ontem não discipularam. Isto causa um impacto profundo na igreja de hoje. Desde o primeiro capítulo de Gênesis, toda criatura reproduz "segundo a sua espécie".
Discipuladores reproduzem discípulos e discipuladores. Professores reproduzem alunos e professores. Dirigentes de cultos reproduzem assistentes e dirigentes de cultos. Não podemos esperar que os pastores de hoje discipulem se seus modelos e heróis da geração anterior não o fizeram. 3. Não discipulamos devido a nossos problemas institucionais. Todo movimento do Espírito precisa de ter uma estrutura na qual se expressar e manter.

O novo vinho precisa de um novo odre. Não tendo odre (estrutura), o vinho se espalha e acaba se perdendo. Onde houver odre, outros problemas surgem. Com o passar do tempo, o novo odre se torna velho. Não sustenta outra porção de vinho novo que o Espírito quer ministrar. Se endurece e acaba estragando vinho novo.
A estrutura se torna mais importante do que o vinho. Isto, em relação ao discipulado, se expressa em pelo menos duas formas: A. A maioria de nossas igrejas funcionam mais como instituições ou organizações do que como famílias. Desenvolvem programas, não relacionamentos.

Se olharmos hoje para muitas igrejas, vamos perceber que elas estão preocupadas com seus cultos, seus ajuntamentos. Gasta-se muito com a manutenção deste programa e muito pouco naqueles que desenvolvem relacionamentos mais informais e acolhedores
O centro destas igrejas é o grande culto e não o cuidado patoral. A tendência é pensar que quanto mais cultos e mais atividades a igreja tiver, melhor será.


Outras igrejas tem enfatizado o ensino . Entretanto o tipo de ensino é acadêmico, é escolar. O modelo bíblico do povo de Deus, tanto no Antigo Testamento como no Novo, é o modelo familiar.

Os muitos cultos e atividades da igreja impedem que as relações pessoais e a mutualidade sejam praticadas . Precisamos desenvolver novas estruturas que facilitam o relacionamento e o sacerdócio universal dos crentes.

B. A preparação de pastores através de seminários teológicos desenvolve um modelo acadêmico e não um modelo de discipulado.

Os dois modelos são bem diferentes. A mentalidade por trás dos dois modelos também é diferente. O relacionamento do líder com o aprendiz no seminário teológico normalmente não é comprometido e pessoal; e se for, raras vezes continua depois do exame final do semestre.
Normalmente se baseia numa matéria, não na vida. Normalmente é dedicado à teoria, não a prática. O enfoque é a informação, não a formação.
O contexto é uma sala de aula, não a igreja e a vida real. O seminário é para uma elite, não para toda a igreja. Vejo isto na igreja que ajudo a pastorear. Muitos jovens estão descobrindo a sua vocação ministerial. Uma das primeiras coisas que eles querem fazer é ir para um seminário. Eles querem se tornar especialistas em igreja.

Entretanto a grande maioria dos professores de seminário são mestres e o que eles sabem fazer bem é ensinar. Conheço alguns seminários em que apenas 15 / dos professores são pastores de igrejas locais. Muitos destes professores nunca pastorearam. Saíram de um seminário. Fizeram mestrado, doutorado e retornaram para o seminário como professores.
Gente que pretende ensinar os outros a fazerem igreja, sem contudo terem tido experiência de vida com igrejas locais, esbarrando em gente, se envolvendo com a sua vida , seus problemas suas frustrações e dores.

Toda esta realidade acaba por afetar nossas igrejas .A igreja é liderada por pessoas formadas nos seminários, não por pessoas formadas no discipulado. O ideal seria que existissem os dois aspectos de formação ( Mt. 13:51,52), mas estamos longe deste ideal. 4. Não discipulamos devido a nossos problemas pastorais.. A. Quase todo pastor se sente sobrecarregado. A função pastoral , tal como ela é definida, vivida e cobrada pelas igrejas, impede o pastor discipular. Em muitas igrejas tem prevalecido a filosofia do : nós pagamos para o pastor fazer

A não ser que a função pastoral seja reavaliada e que ocorram mudanças de prioridades, o discipulado nunca chegará a ser uma realidade em sua vida. E se não chega a ser uma realidade em sua vida, dificilmente chegará a ser uma realidade nas vidas dos membros de sua igreja.
Enquanto o pastor estiver assumindo funções que devem ser realizadas pelos demais membros do corpo de Cristo, difilcilmente ele poderá promover o discipulado .

Isto porque discipular exige :
- dedicação , exige tempo, e disponibilidade .

Se a agenda do pastor estiver abarrotada , como ele poderá se dispor para o discipulado ? Por incrível que pareça, em algumas igrejas ainda se acredita que só o pastor pode orar pelos enfermos, que só o pastor sabe expulsar demônios, só o pastor é que sabe realizar cultos de aniversário, de formatura , só o pastor é que sabe orientar pessoas para o batismo, só o pastor sabe aconselhar etc.

Pastor que funciona assim . . . está impedindo o crescimento dos demais. Ele está usurpando a benção de outros estarem servindo ao Senhor com seus dons e habilidades. Quando um pastor ensina a sua Igreja a servir e equipa os santos para que eles desempenhem o seu serviço, então ele passa a ter mais tempo disponível para pastorear e discipular a sua liderança . B. Poucos pastores enxergam o discipulado como algo central em sua igreja e na estratégia de Cristo para ganhar o mundo. Muitos pastores e líderes têm interesse no discipulado, mas o vêem apenas como uma coisa a mais no seu programa. Para eles , o discipulado é um acessório , não uma necessidade .
Esta não foi a atitude de Jesus. Nunca conseguiremos os resultados de Jesus, se não nos comprometermos com os métodos dEle. Tenho conversado com muitos pastores. Eu sempre pergunto : Você está discipulando os seus líderes ? Você gasta tempo com seu tesoureiro, seu secretário, vice-moderador ?

As respostas quase sempre são as mesmas : Eles já são velhos na fé. . . Eles não tem tempo. . . Eles acham que não precisam.

Se você é daqueles pastores que só se reúne com seus líderes para discutirem e examinarem assuntos administrativos . . . você está fora da vontade de Deus. C. Poucos pastores ou líderes experimentaram o que Jesus fala em João 17:6 sobre ter homens que Deus os tem confiado.

Se fosse o caso, o pastor se dedicaria para treinar e fortalecer seus líderes para que eles servissem a igreja. Atualmente, os pastores usam a maioria do seu tempo procurando ajudar as pessoas mais fracas ou necessitadas nas congregações, negligenciando as pessoas mais fortes.
Muitas vezes não selecionamos as pessoas que iremos investir nossas vidas segundo o padrão que Jesus Cristo nos demonstrou.
Só selecionando pessoas que foram dadas a nós por Deus para serem discipuladas, é que conseguiremos ver uma boa reprodução.
Quando o pastor investe mais nas pessoas com problemas do que em seus líderes encontramos dois problemas: 1) o pastor morre por não poder aguentar todas as pessoas problemáticas; e, 2) os líderes nunca chegam a se reproduzir como deveriam porque não foram discipulados. Mesmo que você passe bastante tempo com seus líderes, deve perguntar-se como ocupa este tempo. Quanto deste tempo está repleto de reuniões e cultos ? . E quanto tempo você tem para compartilhar sua vida com eles e eles com você ? Se não estamos discipulando, podemos nos encontrar exaustos construindo sobre a areia ao invés de construir sobre a rocha (Mt. 7:24-27). 5. Não discipulamos devido a nossos problemas evangelísticos. Nosso problema geralmente não é a falta de enfocar o evangelismo. A igreja brasileira, de forma geral, é muito boa nisso. No entanto, nosso ponto forte se torna nosso ponto fraco. Nossa ênfase evangelística nos leva aos seguintes problemas relacionados ao discipulado e o crescimento verdadeiro do reino de Deus. A. Pregamos um evangelho barato e sintético ao invés de um evangelho autêntico. O apelo do final do culto geralmente é para as pessoas que querem "receber a bênção da salvação". Se o apelo fosse para tornar-se um discípulo entregando sua vida inteira ao Senhorio de Cristo, teríamos bem menos pessoas respondendo. De forma geral, se tivermos de escolher entre dizer que ganhamos trinta pessoas para Cristo este ano ou que discipulamos três pessoas, a grande maioria escolheria a primeira. Mas temos de perguntar até que ponto a semente que estamos plantando é um evangelho diferente do evangelho do reino de Deus. Se nossa semente não for boa, não reproduzirá bom fruto. B. Nosso imediatismo nos leva a procurar resultados a curto prazo, sacrificando os resultados a longo prazo. Jesus procurou ganhar uns poucos para alcançar as nações (Mt. 28:16-20). Nós procuramos ganhar as multidões e ficamos com uns poucos. Não temos a paciência de Jesus, e se formos honestos, possivelmente nem temos os valores de Jesus. Para muitos de nós, impactar cinco mil pessoas, podendo ensinar-lhes e dar-lhes de comer seria bem mais interessante do que formar as vidas de doze homens. Várias vezes os evangelistas nos indicam que Jesus deixou as multidões para cumprir a missão do Pai (Mc. 1:35-59; Lc. 4:42-44). Ele se consagrou, se santificou, se separou a favor dos discípulos (João 17:19). Keith Philips, em seu ótimo livro A Formação de Um Discípulo, coloca um gráfico interessante. Ele compara o evangelista que ganha uma pessoa a cada dia para Cristo com o discipulador que ganha um discípulo por ano, e se reproduz. Ao prazo de três, cinco ou ainda dez anos, o evangelista dá resultados melhores. Mas a longo prazo, o trabalho dele parece insignificante ao lado do discipulador que continua fielmente formando discípulos que se tornam discipuladores. O discipulador tem uma reprodução geométrica enquanto o evangelista reprodução aritmética. O A. W. Tozer se preocupava com um crescimento quantitativo que não refletia crescimento qualitativo. Ele disse: "Mas o aspecto mais alarmante é que nossos lucros são quase todos externos e nossas perdas são inteiramente internas; e já que é a qualidade de religião que é afetada por condições internas, é provável que nossos supostos lucros sejam apenas perdas distribuídas por um campo mais extenso" (Mais perto de Deus, Mundo Cristão, 1961:5). Começamos perguntando por que o discipulado é tão desconhecido em nossas igrejas hoje. Indicamos cinco razões, cinco problemas da igreja. Qual tem sido seu sentimento ao ler isto?
Será que foi um exercício intelectual, que não tocou seu coração? Deus tenha misericórdia de nós!
Será que você foi comovido, mas com uma atitude crítica, ou do artigo, ou da igreja? Será que você pensou, "Ah, as outras igrejas são assim, mas graças a Deus a minha não!" Será que você tem um certo orgulho inconsciente? Deus tenha misericórdia de nós! Será que você sente que o quadro acima é muito pessimista? Radical demais. Você tem idéia de argumentos e raciocínios que contrariam os cinco problemas, ou pelo menos diminua o impacto deles?
Sendo honesto, se você teve esses sentimentos, peça a Jesus Cristo que fale ao seu coração quanto ao discipulado e ao estado de Sua igreja hoje. Houve uma igreja que se achou rica e abastada, não precisando de coisa alguma, nem enxergando sua infelicidade, miséria, pobreza, cegueira e nudez (Ap. 3:14-22). Misericórdia, Deus! Não nos deixe cair nisso! Será que seu espírito ficou entristecido com a condição da Igreja? Possivelmente até um pouco deprimido com a dificuldade de mudar este quadro? Você está enxergando sua pouca possibilidade de superar todas as barreiras exegéticas, históricas, institucionais, pastorais e evangelísticas? Glória a Deus! Só tal perspectiva nos levará a uma atitude de quebrantamento. Tal atitude, até possivelmente de desespero quanto as nossas condições, é o começo de uma nova obra do Espírito. Para sairmos de nossa cegueira, será necessário andarmos no caminho que Jesus colocou para a igreja de Laodicéia. O caminho começa com arrependimento. Continue pedindo que Jesus nos acuda. Só Ele pode refinarmos pelo fogo, ungindo nossos olhos para tirar nossa cegueira (Ap. 3:18,19). O caminho se conclui com uma nova comunhão com Ele e com a visão dEle (Ap. 3:20). Sem nos arrependermos, sem que Deus tire nossa cegueira e que experimentemos o discipulado, poucos de nós como pastores e líderes iremos conseguir discipular bem. E se não conseguirmos fazer isso, duvido que ouviremos as Palavras de Jesus "Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor" (Mt. 25:21-23). Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.