REVENDO NOSSOS CONCEITOS SOBRE DISCIPULADO.
Pr. Paulo Solonca

Está na hora de a Igreja de Jesus abandonar a concepção de que discipulado é um ministério da igreja que se preocupa com novos convertidos.
Discipulado também não é apenas um encontro semanal para estudar a Bíblia, cantar e passar alguns momentos de comunhão e oração.
Discipulado vai além disso. Seria bom se pudéssemos perguntar: “O que será que Jesus tinha em mente? O discipulado que Ele praticou produziu personalidades expressivas. A maneira de Jesus discipular deu origem a homens e mulheres que impactaram a sociedade em que viviam”.

O discipulado praticado por Jesus forjou homens e mulheres que mudaram a história de suas próprias vidas assim como a história de sua região. Alguns chegaram a influenciar as personalidades das grandes potências da época.

O discipulado de Jesus produziu líderes, que por sua vez geraram outros líderes. Precisamos avaliar e reavaliar nossos conceitos sobre discipulado. Tenho notado, andando por diversas partes de nossa nação, que muitos líderes estão desanimados com os resultados que estão alcançando no discipulado que desenvolvem.
Isto pode estar acontecendo pelo fato de estes líderes estarem desenvolvendo um discipulado pouco parecido com o de Jesus. Gostaria de apontar inicialmente alguns enganos sobre discipulado.

Primeiro, achar que o discipulado foi uma estratégia usada por Jesus para alcançar apenas o homem daquela época e daquela cultura.
Para estes, o discipulado poderia funcionar em pequenas aldeias, onde Pedro conhecia João, Levi, Tiago. As pessoas não tinham tanta coisa para fazer.
Dedicavam-se às atividades agropastoris, chegavam cedo em casa, não tinham televisão, nem internet, não tinham cursos noturnos nem eram funcionários de empresas que exigem trabalho em horas extras.

Numa sociedade assim tão simples como a de algumas dessas aldeias, o discipulado poderia ser praticado. Poderia se falar em amar ao próximo, perdoar os inimigos, deixar-se bater na outra face, levar as cargas uns dos outros, ensinar uns aos outros e assim por diante.

Não é possível acreditar nesta mentira. O discipulado pode ser perfeitamente praticado pelo o homem moderno. Concordo que a sociedade dos aldeões galileus era extremamente diferente da sociedade moderna.
Entretanto, o homem de hoje continua sendo o mesmo dos tempos da igreja primitiva. Ambos tinham problemas com corrupção, racismo, opressão econômica, ganância, abuso de poder, legalismo religioso, pobreza, injustiça social, violência, fome, imoralidade.

Outro engano é reduzir o discipulado a mais uma onda da igreja de nossos dias. Creio que quase todos já pudemos viver ou mesmo observar a passagem de algumas "ondas" em nossas vidas.

Você se lembra de alguma? Eu me lembro de várias: por ex., a onda do cabelo comprido no tempo dos Beatles; da calça boca de sino, do boliche, patins, skate, do roller, do cooper, da aeróbica.

Ondas surgem com grande intensidade, causam agitação, despertam motivações, promovem movimento. No meio do povo onda é aquilo que é moderno, novo, de vanguarda.
Onda, na verdade, é um modismo; portanto, tem um caráter efêmero. Quando nos referimos a uma onda, logo percebemos que se trata de algo de duração relativa e que em algum momento passará.

Embora as ondas aconteçam no mundo, freqüentemente, elas surgem e se desenvolvem no seio da Igreja.
A igreja de Jesus Cristo já viveu grandes ondas. Nestes últimos anos a igreja tem sido assolada por sucessivas ondas (gostaria de explicar a intenção destas citações: não se trata de crítica ou reprovação às igrejas ou a comunidades que as praticam, mas estou ressaltando a ênfase dada durante algum tempo a estes assuntos): onda das revelações, dos dentes de ouro, cair na presença do Senhor, onda do sopro do Espírito, da unção do riso, da prosperidade, da saúde perfeita, do vômito santo, da batalha espiritual, das maldições hereditárias, da cura interior, onda das missões, do louvor, do evangelismo explosivo, da pregação expositiva, do crescimento da igreja, onda das comunidades.

Lamentavelmente muitos pastores e líderes acreditam que discipulado é uma onda. Como tal, é um modismo que não deveria merecer atenção. Um colega de ministério se reportou a mim dizendo:

"Esse negócio de Discipulado é mais uma onda, uma mania; é coisa de missionário americano". Será que o discipulado pode ser considerado uma onda, uma moda?
As ondas e os modismos dentro da igreja se caracterizam por hábitos passageiros, gostos, idéias e ênfases que ditam comportamentos em determinada época, mas que com o passar do tempo se diluem e deixam apenas lembranças e pouco resultado efetivo.

A onda dentro da igreja é quase sempre um capricho de certas pessoas mais influentes que tentam impor certos costumes, certos comportamentos, certas ênfases doutrinárias, mesmo certas técnicas.
Muitas vezes tem pouco a ver com a vontade de Deus.
Normalmente, o modismo eclesiástico tem vitimado aqueles que funcionam de modo compartimentado, ou seja, aqueles que se deixam levar apenas pelas emoções, ou apenas pela vontade, ou então só pela razão.

Uma maneira saudável e eficiente de se prevenir das armadilhas das ondas eclesiásticas é a proposta de administrar a igreja, de tal forma, que seus membros possam funcionar e produzir a partir de um equilíbrio estrutural interior, ou seja, de todo coração, de toda a alma, com todas as forças e com todo o entendimento.

A igreja de Jesus, vez ou outra é varrida por ventos doutrinários, modismos e ondas de ensinos que somente contribuem para retalhar a unidade do Corpo de Cristo - a Igreja - que é o seu povo.
Povo este que deveria ser conhecido por sua unidade interna e intensa comunhão entre as mais variadas partes, membros e juntas de seu corpo.
Um povo que deveria ser conhecido pela prática de um amor sobrenatural.

A onda ou modismo é um fenômeno social ou cultural, de caráter mais ou menos coercitivo, que consiste na mudança periódica de estilo, e cuja vitalidade provém da necessidade de conquistar ou manter uma determinada posição social.

Estamos em uma época onde as igrejas estão vivendo dois pólos antagônicos.
Por um lado, existem aquelas que se estratificaram em suas estruturas e metodologias, sem se darem conta de que ficaram esclerosadas. Caracterizam-se por sua inflexibilidade e por sua incapacidade de se adequar ao homem dos nossos dias.
Por esta razão, não conseguem alcançar os perdidos. Quando alcançam, conseguem apenas a sua adesão religiosa dentro do seu contexto social, cultural, e econômico.

Do outro lado, igrejas que exageram na sua identificação com os perdidos, imitando-lhes suas preferências, adotando seus costumes e valores e se comportando como um deles. Neste pólo também transitam as igrejas que enfatizam de maneira desmedida apenas um ou dois aspecto do ministério, como só louvor, ou só missões, ou só pregação expositiva, ou só assistência social, ou evangelismo, ou batalha espiritual, ou só manifestação de dons do Espírito.

Creio que as pessoas da sociedade que nos cercam já estão cansadas de ser manipuladas. Elas logo, logo estarão à busca de igrejas equilibradas. Igrejas que cuidem delas como ovelhas. Numa época em que, a cada dia, o ser humano perde o seu valor, uma época em que as pessoas se vêem substituídas por máquinas e equipamentos, época que tem se caracterizado pela conveniência, pelo interesse escuso, as pessoas estão à procura de alternativas onde possam ser valorizadas, ou pelo menos ser respeitadas e tratadas com dignidade. Será que a Igreja é uma opção que supre estas expectativas?

A igreja pode perfeitamente ser um grande oásis para esta sociedade massificada e escravizada. Isto pode acontecer quando ela, a igreja, adotar o discipulado como estilo de vida.
O discipulado não é uma onda. Nunca foi. Se foi interpretado assim, foi por causa da má compreensão daqueles que se propuseram a praticá-la.
Outro engano é confundir "fazer convertidos" com "fazer discípulos". Ao invés de entenderem a conversão como ponto de partida para a aventura de tornar-se semelhante a Cristo, consideram-na ponto de chegada, como se o mais ficasse para ser resolvido no céu. Fazer discípulos é uma tarefa artesanal. Toma tempo, dá trabalho e requer dedicação e engajamento.

Outro engano: transferir a tarefa para a Igreja institucional. Muitos líderes da Igreja acreditam que podem cumprir a Grande Comissão através de eventos e programas formais com séries de conferências e classes dominicais. Estes cristãos são especialistas em convidar um descrente para ir ao templo, mas entendem muito pouco sobre compartilhar a vida de Jesus.

Tratam o discipulado como programa e não como processo. Acreditam que o sujeito que faz o curso de "12 lições" e é assíduo às reuniões dominicais já está discipulado. Se não surgir uma geração de homens e mulheres que se dediquem ao discipulado, empenhando esforços por preservar a qualidade de vida do povo de Deus, dedicando não somente a transmissão de informações teológicas, mas sobretudo uma Palavra que vivem no dia a dia ...

se não surgir uma geração, de homens e mulheres que estejam dispostos a compartilhar de si mesmos, de sua vida, de sua intimidade e de seu caráter... então dentro de pouco tempo este inchaço se esvaziará e surgirá uma Igreja enrugada, flácida, esclerosada, sem nenhuma atração e com pouco poder e quase nada de autoridade.
Eu não me iludo com igrejas lotadas. Prefiro me preocupar em equipar os santos para que eles desempenhem o seu serviço. Prefiro saber se estamos ou não ajudando os membros da Igreja Evangélica a ser cada vez mais parecidos com Jesus. Prefiro saber onde estão aqueles que não desistiram de fazer discípulos.

Prefiro promover um ajuntamento de discipuladores e de discípulos do que um show ou uma manifestação megalomaníaca com muito barulho, mas quase sem nenhuma mensagem compreensível e de pouca ajuda para quem quer realmente encontrar a verdade e que está atrás de soluções práticas para os seus problemas do dia a dia, e que não se contenta com superficialidades religiosas.

A função pastoral deve ser reavaliada. Como já disse, certa vez, David Kornfield: "A função pastoral, tal como ela é definida, vivida e cobrada pelas igrejas, impede o pastor de discipular. Em muitas igrejas tem prevalecido a filosofia do ‘nós pagamos para o pastor fazer’. A não ser que a função pastoral seja reavaliada e que ocorram mudanças de prioridades, o discipulado nunca chegará a ser uma realidade em sua vida. E se não chegar a ser uma realidade em sua vida, dificilmente chegará a ser uma realidade nas vidas dos membros de sua igreja.

Enquanto o pastor estiver assumindo funções que devem ser realizadas pelos demais membros do corpo de Cristo, dificilmente ele poderá promover o discipulado".
Discipular exige dedicação, exige tempo e disponibilidade. Se a agenda do pastor estiver abarrotada, como ele poderá se dispor para o discipulado? Por incrível que pareça, em algumas igrejas ainda se acredita que só o pastor pode orar pelos enfermos, sabe expulsar demônios e sabe realizar cultos de aniversário, de formatura, sabe orientar pessoas para o batismo, sabe aconselhar etc.

Pastor que funciona assim, está impedindo o crescimento dos demais. Ele está usurpando a bênção de outros estarem servindo ao Senhor com seus dons e habilidades.
Quando um pastor ensina a sua Igreja a servir e equipa os santos para que eles desempenhem o seu serviço, então ele passa a ter mais tempo disponível para pastorear e discipular a sua liderança.

Por último, discipular é uma ordem. Não fazer discípulos é uma desobediência, portanto um pecado. Mas, acima disto, discipular é um privilégio.

MARCAS DE UM DISCIPULADO EFETIVO .Parte 1

É preciso resgatar a qualidade de vida da igreja. Não podemos nos iludir com cultos repletos e um calendário abarrotado de atividades.

Como afirma Christian Schwarz em seu livro “Aprendendo Amar”

“ .. . . estas coisas pouco dizem sobre a qualidade espiritual de uma igreja. O que precisamos são cristãos-discípulos , grupos e igrejas que se deixem medir pelo padrão de qualidade do Novo Testamento. E este padrão é o amor.”

Crentes em Jesus pulam de uma igreja local para outra sem nenhuma responsabilidade, sem nenhum compromisso, sem nenhum vínculo, comunhão ou aliança.
São religiosos que se assemelham a ciganos . Andam correndo atrás das atrações . Uns são aficionados por bandas, conjuntos de louvor e shows gospel . Outros andam atrás dos pregadores famosos.

Entretanto ,mesmo aqueles que permanecem por um tempo na igreja local, não dão mostras de vida espiritual. São apenas religiosos .

Muitos deles o são por herança familiar. Outros se tornam religiosos com medo de irem para o inferno depois da morte.

Alguns praticam sua religiosidade por medo de que Deus os castigue. E a facção mais terrível é a composta por aqueles que participam de uma igreja porque lhe ofereceram a possibilidade de ver suas dívidas pagas, ou de comprar a casa própria, o carro importado

Esta multidão de evangélicos foi ensinada apenas que basta crer em Cristo.

Eles não estão sendo ensinados a tomar a cruz. Não estão sendo ensinados a renunciar o seu passado, o seu velho homem.

Não estão sendo ensinados a seguir a Jesus.

Esta geração está crescendo e se desenvolvendo de modo raquítico, de modo doentio, pois ainda não entendeu o que Romanos 12 : 10 ordena :

“. . . Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal.”

Eu não tenho mais dúvidas, o amor deve ser a marca maior de uma igreja cristã.
Jesus assim se pronunciou :

João 13 : 34- 35 “. . . Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.

Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.

Se Jesus estivesse fisicamente conosco , vivendo em nossos dias, Ele não distribuiria uniformes, camisetas, crachás, bonés, bótons, e nem mandaria fazer faixas para que nós, os seus discípulos carregássemos pelas ruas.

Quando ele esteve aqui com seus discípulos, Jesus estipulou 2 maneiras específicas para assegurar que a sociedade reconheceria quem , de fato eram seus discípulos :
a) amor de uns para com os outros e
b) pela produção de muitos frutos e frutos que permaneceriam.

João 15: 8
“ . . . Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.

Apesar das palavras de Jesus serem de facílima compreensão, entretanto,
dificilmente são praticadas.

Ao afirmar que o amor seria uma das marcas do discipulado, Ele não deixou
duvidas a respeito de como o amor deveria ser praticado.

Qual era a maneira ? Assim como eu vos amei, disse Jesus. Fácil !

Os discípulos estavam cheios de recordações , das diversas vezes em que viram
Jesus praticando, vivendo o amor.

Jesus tira o amor da mera abstração e mostra como ele poderia adquirir forma e
conteúdo.
João 13 .1 diz que Jesus amou os seus discípulos , e os amou até o fim. Sua vida estava repleta de demonstrações de amor

Quando se pronunciou a respeito do novo mandamento , Jesus acabara de dar uma demonstração de amor ao lavar os pés dos seus discípulos.


O SER HUMANO NÃO NASCEU PARA VIVER SOZINHO.

Na opinião do Criador não era bom que o homem permanecesse só. Eu e somos chamados a viver em comunidade com todos os nossos semelhantes.

Ao criar o homem , Deus teve o cuidado de o equipar com vários dispositivos , aparelhos e habilidades.

O ser humano, é um aglomerado de funções físicas, químicas racionais, emocionais e espirituais . O segredo de viver uma vida repleta de realizações, está na habilidade de harmonizar todas estas funções .

O homem total, é aquele que descobre estas funções e passa a fazer uso delas em harmonia com as outras demais funções de seu ser.

Ao nascermos vivemos uma fase de total dependência dos outros.
Com o passar do tempo ingressamos numa fase de independência.

É interessante notar que todo homem tem uma certa ânsia de independência, entretanto a vida logo lhe ensina que ele é um ser que carece de relações.

Neste ponto, ou nesta fase, o homem e a mulher passam a viver um outro estágio - o da inter-dependência.

Negar está lei da vida é negar o direito e a possibilidade de experimentar a felicidade e a alegria da vida.
Ao descobrir estes postulados da sua própria vida, a pessoa percebe que terá de fazer certas correções de sua trajetória, até então ego-centradas e começa a fazer concessões á sua independência.

Há um momento na vida em que percebemos que a nossa independência não é tão gratificante como imaginávamos. Iniciamos aí a nossa caminhada rumo as nossas amizades.

Passamos a selecionar nossas companhias e a fazer triagens entre os amigos do mesmo sexo .
O processo não para aí. Descobrimos que o Criador nos programou para se aproximar do outro sexo de uma maneira peculiar. Percebemos então que algo de especial começa acontecer com nossos sentimentos.

RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS SURGEM , SE DESENVOLVEM E SÃO MANTIDOS NA BASE DO AMOR.


Pouco antes de ser preso, julgado e morto, Jesus passou uma última noite em companhia dos discípulos. Valeu-se da ocasião para instruir, consolar e preveni-los.

Sabendo que dispunha de pouco tempo para estar com eles e que em breve os deixaria, Jesus contou aos discípulos alguns dos fatos mais básicos e importantes da vida cristã.
Falou sobre o significado da sua morte, a vinda do Espírito Santo, a esperança da vida vindoura na casa do Pai, a missão a ser cumprida pelos discípulos, e também sobre o conflito entre o mundo e os crentes.

Nessa noite, ele deu aos seus discípulos um derradeiro mandamento: que se amassem uns aos outros. Este mandamento, refletido em quase todos os livros no N.T., é fundamental à vida cristã, e a todos os demais recíprocos. Nada mais natural, então, do que estudá-lo em primeiro lugar.

Disse Jesus: "Novo mandamento vos dou; que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros".

Mensagem Data

Amizade - frases 05/04/2003


- O homem é feito para a sociedade, e os cristãos, para a comunhão dos santos. (Matthew Henry)

- Não devemos impor nenhuma condição para a aceitação de nossos irmãos, a não ser as que Deus impôs para aceitá-los. (Matthew Henry)

- Para os primeiros cristãos, koinonia não era a "comunhão" enfeitada de passeios quinzenais patrocinados pela igreja. Não era chá, biscoitos e conversas sofisticadas no salão social depois do sermão. Era um compartilhar incondicional de suas vidas com os outros membros do corpo de Cristo. (Ronald J. Sider)

- Amigo é alguém que se achega quando todo mundo se afasta. (anônimo)



- A única forma de ter um amigo é ser amigo. (Ralph Waldo Emerson)

- Nada é mais estimulante do que amigos que falam a verdade em amor. (Os Guinness)

- Há pessoas com as quais não concordamos, mas não precisamos afastá-las de nossa amizade. (Matthew Henry)

- Amizade falsa é pior do que dinheiro falso. (Thomas Watson)





SER AMOROSO

Oferecemos àas pessoas que Deus tem colocado em nosso caminho, esatas coisa todas não tem proporcionado um clima , um ambiente ideal para a prática e o desenvolvimneto do amor.
A Igreja de nossos dias precisa resgatar a prática do amor. Entretanto, as estratégias, os metodos , o program, em fim, aqilo que

Muitas vezes nos liitamos a tentar demonstrar amor só quando o dirigente do grupo de louvor pede para qu os presentes se virem para as pessoas que estão a seu lado erepitam > Eu te amo no amor do Senhor.

Mas isto é pouco, quase nada. Está muito longe de se parecer com o verdadeiro amor desejado porn Jesus.


O discipulado que Jesus praticou, propicia esta exigência, este requisito .

A maneira com a qual eu e você tratamos as pessoas, influi diretamente na qualidade dos nossos relacionamentos.

É claro que , dependendo do tipo de temperamento, as pessoas tem mais ou menos facilidade de tratar com os outros.

Entretanto, è indispensável que saibamos nos relacionar de tal modo que o amor do Senhor Jesus Cristo, derramado sobre nossa vida, flua através de nós e alcance o nosso próximo. O amor deve permear nossas palavras e nossas atitudes.

Tanto o discipulador, como a pessoa que está sendo discipulada devem preocupar-se em desenvolver cada dia melhor esta habilidade característica do novo homem que o Espírito Santo está formando em todos os que a Ele se entregam.

A gentileza , a cortesia, a educação, o ser atencioso deviam caracterizar nossa nova vida com Cristo. Veja este princípio bíblico registrado em :

Cl 3 : 12 - 15 " . . . Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
14 acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.
15 Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.

Cada um de nós deveria esforçar-se em aproximar-se do nosso próximo com o entendimento antes de aproximar-nos com uma ação.

De responder à sua autêntica necessidade de receber, ao invés de impor-lhe a nossa própria necessidade de dar.

Devíamos sempre desenvolver o respeito, a reverência, o reconhecimento de que cada pessoa é diferente em cada momento e, por conseguinte, que ao aproximar-nos dela devemos estar sempre abertos, atentos e alertas.

Devemos estar dispostos a ver, ávidos por descobrir, desejosos em aprender. Ser delicado com um irmão na fé é reconhecer que meu irmão está vivo, que ele muda, que se move.

Deveríamos nos adaptar a ele em cada momento. E ao adaptar-nos, nós mesmos mudamos, crescemos, despertamos e convertemo-nos naquilo que sempre deveríamos ser : seres vivos.

Não estamos tratando com múmias mas com seres humanos, com pessoas, com indivíduos.

Isto nos livra do velho conceito que tenho das pessoas, das recordações, dos estereótipos, dos julgamentos, dos preconceitos e clichês que emperram os relacionamentos e a própria vida.

O amor que brota de meus olhos a cada manhã, ao voltar a ver meu irmão, torna mais bela a minha própria manhã.

Paulo afirma em .....................que " não estamos servindo aos homens , mas ao Senhor. " " E tudo que fizerdes, seja em palavra seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus dando por êle graças a Deus Pai. "

O mundo das relações interpessoais entre os discípulos de Cristo seria muito diverso desse que conhecemos, se nos lembrássemos de que ao deixarmos de atender a uma criança - estamos deixando de atender ao próprio Jesus.

Ao ofender um irmão, estou ofendendo a Deus que nele habita.

Como nossas igrejas seriam diferentes se tratássemos nossos irmãos como ao Senhor. Já pensou nisso ?

Carlos G.Vallés, de quem estamos nos inspirando em grande parte dessas reflexões, afirmou certa vez : ---" A delicadeza de sentimentos para com Deus é a essência da melhor espiritualidade."

Isto é uma grande verdade. Gostaria de desafia-lhe a experimentar mudar de tratamento com Deus, com o Espírito e com o Senhor.

Experimente ser gentil, dócil, intimo, reconhecer a sua presença, a sua companhia, o seu amor os seus feitos, dar ouvidos as suas palavras, suas prescrições, declara-lhe o seu amor...

Depois tente estender este tratamento aos irmãos de fé e em geral para as pessoas que lhe rodeiam.

Nesse contexto profundo e verdadeiro, ser amoroso para com o homem è ser amoroso para com o Deus que está no homem.

É a fé prática de que aquilo que faço ao menor de meus irmãos, faço-o a Deus. Para que isto ocorra é preciso desenvolver uma liberdade interna para que eu possa chegar ao meu irmão tal como ele é.

Dia após dia tenho que libertar-me de toda uma série de preconceitos, exigências, etiquetas, e modelos que obscurecem a imagem que formei dele e dificultam minha relação com ele.

Só posso ser gentil e polido com os outros quando sou livre por dentro. Se estou atado, preso, fixo, condicionado, se me guio apenas por experiências passadas e recordações fixas, não posso encontrar-me com meu irmão tal como ele é; não posso vê -lo ,entendê-lo, conhecê-lo tal como é hoje.; não posso reagir de novo diante dele; não posso ser-lhe fiel.

Ao deixar o meu irmão ser ele mesmo, eu mesmo me faço mais eu. Isto é maturidade.

Ser amoroso para com meus irmãos è estar atento a pequenos detalhes de suas vidas. às vezes, basta um olhar, um sorriso, uma palavra, um elogio , uma palavra oportuna , a palavra certa na hora certa. ..

Ser amoroso é uma arte. Arte de sentir a falta dos outros e dar-lhes a entender isto quando voltam.

É a solicitude de descobrir o sofrimento do outro e fazê-lo próprio.

È a vontade de sempre estar por perto.

Ser amoroso è importar-se com o bem estar dos outros. É saber se estão sentindo-se bem, ou se estão à vontade.

É ajustar o volume do som na preferência do outro ou assistir o mesmo canal ou programa do outro.

É deixar de falar de seus assuntos e conversar sobre os assuntos do interesse do outro.

Ser amoroso é não monopolizar a conversa sobre si e seus assuntos. É não intrometer-se em assuntos alheios .

É saber esperar a vez. É ter paciência .

Ser amoroso é olhar no rosto, nos olhos. Isto nos proporciona a possibilidade de descobrir estados de ânimo, ler emoções.

Ser amoroso é perceber as alterações emocionais do outro e saber tirar proveito e subsídios para conhecer melhor o outro.



Quatro coisas que você ter em mente quando se encontrar com seu discípulo.

1.Forneça-lhe princípios bíblicos adequados à sua realidade particular. A Palavra de Deus é alicerce para toda a vida.

2.Mostre como se faz


3. Motive-os a começarem fazer

A começar de você. Seja um entusiasta. Lembre-se de que a sua atitude é vital. Você é um vencedor.( 2 Co 6:10

Rom 8 : 32, 37

Procure aumentar a intimidade.

4.Deixe-os prosseguirem

Permita que seus ensinamentos venham acompanhados de elogios, encorajamentos e palavras de vida. Qualquer pessoa , com certa facilidade descobre defeitos nos outros. É um pouco mais raro fazer o contrário, ou seja elogiar, motivar , animar. Entretanto esta é uma das mais fortes qualidades que um discipulador deve desenvolver.

Tenho certeza de que concordamos ser o discipulado algo de importância para as nossas vidas e para a igreja a qual estamos ligados. Talvez somos pessoas que de alguma forma estamos tentando desenvolver o discipulado em nossos ministérios .

Espero que alguns de nós abandonem a concepção de que discipulado é um ministério da igreja que se preocupa com novos convertidos. Nossa oração é que sejamos libertados da idéia. Entretanto será que era isto que Jesus tinha em mente ? O discipulado que ele praticou produziu personalidades expressivas A maneira de Jesus discipular deu origem a homens e mulheres que impactaram a sociedade em que viviam . O discipulado praticado por Jesus forjou homens e mulheres que mudaram a história de suas próprias vidas e a história de sua região. Alguns chegaram a influenciar as personalidades das grandes potências da época.O discipulado de Jesus produziu líderes, que por sua vez geravam outros líderes.

Estamos aqui para aferir o tipo de discipulado que praticamos com o tipo de discipulado que Jesus realizava.
Muitos de nós precisamos avaliar e reavaliar nossos conceitos sobre discipulado. Tenho notado , andando por diversas partes de nossa nação que muitos líderes estão desanimados com os resultados que estão alcançando com o discipulado que desenvolvem . Creio que isto pode estar ligado ao fato de estes líderes estarem desenvolvendo um discipulado pouco parecido com o de Jesus.

2 Coríntios 11:3 “. . . Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo”.

Creio que complicamos muito o discipulado.
O discipulado que Jesus praticou, que viveu era simples e descomplicado.

O discipulado praticado pela Igreja primitiva, também foi simples. Havia pouco ou quase nenhum papel circulando. O desenvolvimento e crescimento da igreja se dava muito mais por causa do testemunho de vidas transformadas , do que pelo marqueting , da campanha, dos eventos . A pregação, o Kerigma era acompanhado de poder. Poder nos lábios de quem pregava ou ensinava, poder alcançando vidas e transformando-as.

Kerigma ( proclamação ) + Vidas transformadas + poder de Deus ( sinais e prodígios)


A situação atual
Para cumprirmos com a nossa missão, como igreja de Jesus, temos que levar em conta alguns aspectos relativos ao homem e de como ele recebe nossa mensagem, nosso desafio, nosso convite para que ele caminhe conosco ao lado de Jesus.

As informações e as mensagens chegam em situações diferentes do que na época da Igreja Primitiva, assim como são diferentes do que a 10 anos atrás.

Nos tempos da igreja primitiva o mundo era pequeno. As pessoas conheciam pouca gente. Pouco se sabia, além dos limites geográficos. Notícias chegavam apenas semanas ou meses depois do ocorrido.
Na mente de uma pessoa circulavam pouquíssimas informações. Havia um grande espaço na mente para a reflexão, e a meditação . Qualquer novidade era uma grande novidade. Qualquer assunto era um grande assunto.

Hoje , nos grandes centros urbanos e até mesmo nos mais longínquos lugares , as coisas mudaram. As pessoas são literalmente bombardeadas com milhares de informações . A telefonia, o rádio, a televisão, ( antenas parabólicas) a informática - tudo isto mudou rapidamente o nosso mundo.

O Evangelho , agora, tem que disputar na cabeça das pessoas, um lugar. A Boa nova chega emparelhada com outras “boas novas” do materialismo, do consumismo, do misticismo, do humanismo, da indústria do lazer e do prazer.
Os homens , em nossos dias , estão muito mais bem informados. Questionam mais e não aceitam qualquer coisa rapidamente. Nos tempos de Cristo as pessoas conheciam poucas opções religiosas. A maior parte conhecia o Judaísmo . Uma outra parte acrescia alguns conhecimentos da mitologia dos romanos, e a filosofia dos gregos.

Hoje nosso vizinho católico , freqüenta o espiritismo de Alan Kardeck, simultaneamente frequenta reuniões da umbanda, Candomblé, consulta búzios, tarô, vai a casa das benzedeiras, visita a cartomante, compra revistas dos testemunhas de Jeová, escuta as Fms dos adventistas , assiste os programas de TV da universal , faz as orações da Sheicho-no-ie, acende incenso dos Hare Crishna, e é acossado pelos mormons e seguidores do reverendo Moon.

Como isso não bastasse, ele ainda acredita em poder dos cristais, em cromoterapia, no poder das pirâmides, acredita em gnomos, duendes e em Florais de Bach, faz mapa astral, assiste palestras da Gnose . Outros estão enfiados e compactuados com a maçonaria, com o esoterismo e a teosofia, e fraternidade Rosacruz

O papa foi incentivado a se tornar um andarilho, ou melhor, um aeronauta espiritual. Faltam poucos países para que ele complete um feito inédito. Visitar todas as nações do mundo. Algumas delas já foram visitadas mais que uma vez.

Além disso há um despertamento idólatra em nosso país. Como nunca, a igreja católica está investindo alto na reconquista daqueles que escaparam de suas mãos. Diversas agências de marqueting foram contratadas para estudarem um “avivamento católico”, e ele já começou.
Padres brasileiros frequentaram junto com especialistas e institutos de pesquisas diversas igrejas evangélicas. Depois de um tempo desenvolveram uma estratégia quase fac-símele . Copiaram tudo que foi possível. Abandonaram aquelas missas chatas e monótonas e adotaram o estilo “gospel”.
Criaram e produziram em laboratório de comunicação padres comunicadores, como o padre Marcelo, Jorjão e Padre Zeca. Hinos evangélicos foram surrupiados, corinhos e cânticos adaptados .
Missas com 400 pessoas agora são frequentadas por 5.000 . Fale-se em 30.000 .Shows com direito a agua benta de balde , e “aeróbica do Senhor”, músicas com coreografia para crianças , isso tudo - tem levado milhares ao delírio com o desfile do “santíssimo”.

Roma emprestou uma nota altíssima para que Redes de Televisão fossem compradas e ampliadas. Centenas de rádios estão sendo adquiridas para a pregação do “Novo Catolicismo”

A confusão está armada . Agora o povo está completamente confuso. Ele vê a mesma pessoa, falando em línguas, dando uma profecia, ungindo doente com óleo, e simultaneamente, se prostrando diante da imagem de um santo, e rezando uma ave Maria.

Ele ouve sobre Jesus, sobre dons espirituais, terço bizantino,e , oração pelos mortos, infalibilidade papal.

Simultaneamente, há um despertamento ao culto a Maria. Centenas de eventos estão sendo programados para festejar Maria na virada do século.

O Vaticano está acelerando os processos de beatificação e de canonização de vários futuros santos de dezenas de nações, como estratégia de ter pelo menos um católico canonizado de cada nação. Uma equipe do Papa está viajando pelo mundo à procura de novos santos para engrossarem as fileiras da idolatria.

Estão colocando Biblias nas mãos do povo. Literatura super produzidas estão multiplicando as livrarias. Além disso, o misticismo, na onda da virada do milênio, está invadindo os shopings. A nova era virou moda. Só se fala em energia, chacras, aura .

A medicina está se tornado alternativa. A cura agora se dá através do poder dos minerais, cristais, e das cores, da Cromoterapia e florais de bach, Cha do Santo Daime, imposição de mãos do Frei Ugolino e Pedro Griza.

Do lado evangélico a coisa não está diferente.

A igreja dos nossos dias esta marcada pelas tentativas de correr atrás do inusitado, do fantástico, do mirabolante. Verdadeiras ondas teológicas e eclesiasticas chegam, arrasam e se esvanecem , deixando atrás de si um povo confuso, sem conteúdo, e o que é pior - sem nenhuma ou pouca evidência de mudança e transformação no seu caráter.

Cair pra trás, cair pra frente, o suor santo, ‘pó de ouro nas mãos, obturação de dentes, dente de ouro, cruzada anti- óculos. Fazer o braço crescer, o sopro do espírito, unção do riso, vômito santo , areia do mar da Galiléia, sal do mar morto, o vale do sal, óleo santo, espada de Gideão, a arca de Obede -Edon, o Corredor dos 70, A tenda dos milagres, a rosa de Sarom, o manto sagrado, agua do rio Jordão, fita do Senhor Jesus, O pão de Belem, fogueira santa de Israel, O mergulho sagrado ( naamã ), Jogar a rede do lado esquerdo, o carnê da benção, o “sacrifício”


Sim , este é o retrato do homem de hoje. É a realidade do nosso vizinho, do nosso amigo, do nosso parente . Ele está recebendo tudo isto de uma vez . Ele tem tudo para ficar confuso.
A mensagem do Evangelho , nestes dias tem que disputar lugar na mente dos homens. No coração deles habitam uma centena de ídolos, de deuses, de gnos, duendes . Mais do que nunca a pregação da palavra, tem que vir acompanhada de muita dependência do Espírito Santo. Nossa mensagem tem que ter mais do que informações superficiais.
Hoje, mais do que nunca o homem de nossos dias quer mais do que discurso. Ele quer ver vidas transformadas. Ele quer ter a certeza de que o discurso está associado a algum tipo de poder que afeta, que muda a realidade, altera a história daqueles que se submetem a uma determinada doutrina ou ensino .

Veja o caso da umbanda e do candomblé.

Eles não tem um seminário que prepara os pais e mães de santo, os babalorixás .
Raramente promovem congressos, encontros e retiros.
Não conheço editoras. Seus livros são insignificantes.
Não distribuem folhetos nas casas.
Não fazem campanhas de evangelismo.
Não fazem campanhas em estádios.
Não fazem marchas, não pregam ao ar livre.
Raros são os programas de rádio ou de televisão
Não tem redes de televisão, nem de rádio. Não tem gravadoras , não produzem discos nem CDs.
Não promovem escolas dominicais, não tem reunião de jovens nem de aadolescentes, nem sociedade de Senhoras, nem Sociedade de Homens, nem departamento infantil, não tem conjuntos musicais, nem corais.
Não formam ministros de músicas, nem Educadores. Não fazem retiros pra jovens, nem para casais.

Então perguntamos :

E por que será que nós temos tudo isto e não crescemos .

Por que eles crescem tanto ? ( mesmo neste sincretismo todo ) = Em 1900 conhecia-se apenas pouco mais de 1.000 terreiros . Hoje eles são mais de 500.00 terreiros no Brasil e agora invadindo os países do mercosul ( Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile )

Eles só tem, uma estratégia que se parece com a nossa : Grupos de discipulado e Grupos familiares nas casas.

Além disso há uma coisa que eles teêm e talvez . . . lamentavelmente muitos de nós não temos, ou não cremos . . . : eles creem no poder que opera em suas vidas.

Qualquer um pode ver que os demônios existem e que os possui e que lhes fornece um poder que desafia a razão, a ciência. Um poder que se manifesta. Um poder Real. Um poder que se materializa, que se enxerga.

Entretanto, queridos, a Bíblia nos fala que somos um povo especial. Somos uma raça eleita, uma nação Santa, um povo de propriedade exclusiva de Deus. Somos um reino de sacerdotes.
Temos acesso direto a presença de Deus e podemos receber dele poder para interferir na nossa própria história e na história daqueles que estão à nossa volta.

Deus é um Deus que atua e opera entre os homens.

Salmos 72:18 ¶ Bendito seja o SENHOR Deus, o Deus de Israel, que só ele opera prodígios.

Salmos 74:12 ¶ Ora, Deus, meu Rei, é desde a antiguidade; ele é quem opera feitos salvadores no meio da terra.

Daniel 4:35 Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?

Gálatas 3:5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

Efésios 3:20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,

Colossenses 1:29 para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim.


Enérguéia = o poder que levantou Jesus , o mesmo poder está à disposição da Igreja, só que . . . não usamos, ou talvez . . nem cremos mais que ele está ainda operando e à nossa disposição.

Outra observação : deixamos de fazer , o que os umbandistas e adeptos dos demais cultos afro fazem com naturalidade : o discernimento acompanhado de solidariedade.
Eles enxergam quem está com problema e logo sugerem : “... ___que tal ir até o terreiro que eu frequento e levar um passe, um descarrego ?

Nada parecido com o comportamento dos membros de muitas de nossas igrejas.

Muitos estão à nossa volta, anos e anos. Entretanto temos vergonha de lhes apresentar Jesus e os princípios da Palavra de Deus que poderiam afetar aquelas vidas.

Muitos até entram em nossos templos, mas não temos sido um povo amigável e acolhedor. Ex de Mahatma Gandy e a igreja reformada da África do Sul.

Muitos entram e saem sem mesmo lhe perguntarem o nome, ou mesmo receberem um aperto de mão , ou um sorriso.

Outra observação : os adeptos do culto afro continuam discipulando. Pai de Santo forma outro Pai de Santo. Mãe de Santo forma outra mãe de Santo. Existe transferência de vida. Existe uma sintonia entre doutrina e prática da doutrina. Existe militância, ( jejuns, de sete dias) , sacrifício, compromisso, zelo, dedicação, ( a noite inteira )

Uma das coisas que precisamos deixar Deus moldar em nosso caráter é o zelo .

2 Coríntios 8:22 Com eles, enviamos nosso irmão cujo zelo, em muitas ocasiões e de muitos modos, temos experimentado; agora, porém, se mostra ainda mais zeloso pela muita confiança em vós.

2 Coríntios 9:2 porque bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio junto aos macedônios, dizendo que a Acaia está preparada desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado a muitíssimos.

Além disso, é de suma importância estar bem preparados para responder às indagações, dúvidas, e questionamentos do homem de nossos dias.

Há muitos de nós que nos iludimos pensando que alguns meses de preparo nos capacitam para o ministério. Esquecemo-nos de que o Reino de Deus é coisa séria e como tal exige dedicação, estudo, aperfeiçoamento . Tudo isto não se obtém como resposta mágica de uma oração.
Isto demanda tempo. Estar preparado exige passar bom tempo de adestramento.

O SONHO QUE NÃO ACABOU

O SONHO QUE NÃO ACABOU

Pr. Paulo Solonca Existem sonhos ,e sonhos. Alguns são de pouca intensidade e logo são esquecidos. Outros , são intensos, fortes e inesquecíveis. O sonho de viabilizar uma grande rede de intercâmbio entre discipuladores era um sonho assim : irresistível. Não se pode ficar de braços cruzados assistindo a História passar. Era preciso fazer a História acontecer. Basta ser um pouco mais honesto e sensível para poder enxergar a situação da Igreja. De um lado um pequeno grupo de experiências bem sucedidas. Do outro lado uma multidão atrás de soluções.
Na ânsia de obter soluções , muitos líderes da Igreja de Jesus estão desenvolvendo e aplicando estratégias que fomentam um crescimento fictício. As igrejas estão inchadas. Há uma corrida de volta à Fé, de volta à Igreja. Entretanto , como escreve o Pr. Caio Fábio (em seu livro Os 300 de Gideão da Editora Abba Press - pg 46 )
. . . " O atual crescimento da Igreja Evangélica, por mais maravilhoso que seja, ainda está longe de ser um avivamento e sabe por que ? As pessoas estão ouvindo a convocação e estão vindo, mas há gente ainda seguindo sem nem saber o que está acontecendo, indo sem saber para onde, aplaudindo sem saber o que aplaude, pulando sem saber porque razão, correndo sem saber o por que. Para um grupo enorme de curiosos o evangelho ainda não passou da pele, da epiderme.
O negócio deste povo não é melhor do que o do macumbeiro da esquina. A ética dele não é melhor do que o político safado de Brasília, a atitude moral dele não melhorou em relação à de outras pessoas que vivem na esquina sem Deus. A língua dele continua suja, porca, mentirosa e maledicente como sempre foi. A atitude dele continua gananciosa. Ele apenas tirou Baal e colocou Jesus de Nazaré no altar, mas nem sabe ainda que tem que fazer com a integridade de seu coração. "
Se não surgir uma geração de homens e mulheres que se dediquem ao discipulado, e que se esforcem por preservar a qualidade de vida do povo de Deus, que se dediquem não somente a transmitir informações teológicas, mas sobretudo uma Palavra que vivem no dia a dia . . . se não surgir uma geração assim , de homens e mulheres que estejam dispostos a compartilhar de si mesmos , de sua vida, de sua intimidade e de seu caráter. . . então dentro de pouco tempo este inchaço se esvasiará e surgirá uma Igreja enrugada, flácida, esclerosada , sem nenhuma atração e com pouco poder e quase nada de autoridade.
Eu não me iludo com igrejas lotadas. Prefiro me preocupar em equipar os santos para que eles desempenhem o seu serviço. Prefiro saber se estamos ou não ajudando os membros da Igreja Evangélica a serem cada vez mais parecidos com Jesus. Prefiro saber onde estão aqueles que não desistiram de fazer discípulos. Prefiro promover um ajuntamento de discipuladores e de discípulos do que um show ou uma manifestação megalomaníaca com muito barulho, mas quase sem nenhuma mensagem compreensível e de pouca ajuda para quem quer realmente encontrar a verdade e que está atrás de soluções práticas para os seus problemas do dia a dia e que não se contenta com superficialidades religiosas.
Esta é a nossa luta. Está e nossa missão. Localizar no Brasil e no mundo os grupos evangélicos que estão levando a Grande Comissão a sério. Gente que teve a vida afetada por outra vida.
Gente que recebeu vida a partir da vida de Cristo vivenciada por um outro discípulo. Gente que discipula. Gente que se reproduz.Queremos localizar e conhece-los. Queremos saber como vivem, como se reproduzem, como preservam sua visão, como O Senhor está atuando entre eles, que métodos e estratégias tem usado, quais suas lutas, dificuldades e sua vitórias.

Nunca houve tamanha disposição de promover troca de "Know how ", troca de materiais didáticos, desejo de ajudar os outros a alcançarem bons resultados, de irem mais adiante.

Estamos aqui nestes dias para refletir sobre a missão da igreja. Em especial gostaríamos de nos deter na avaliação sobre o que entendemos por discipulado e se estamos ou não cumprindo com este desejo e ao mesmo tempo uma ordem , de Jesus de ir pelo mundo e fazer discipulos de todas as nações.

Creio que seria um bom começo para todos nós , entendermos algumas diferenças entre o :
a)cristianismo como opção de religião e
b)o cristianismo-discipulado .

É uma pena, mas a verdade é que grande parte daquilo que chamam cristianismo - pouco ou nada tem a ver com Jesus Cristo, sua pessoa, sua vida ou seus ensinos. Todos nós sabemos que existem milhões de cristãos nominais.
Mas o fato perturbador é que , mesmo entre os chamados, protestantes, ou evangélicos, existem aqueles que apenas desenvolveram uma devoção religiosa, geralmente constituída de observâncias a um conjunto de preceitos .
Entretanto , tal prática geralmente é fria e destituída de vida, pois é estabelecida na transmissão teórica de informações religiosas. Por esta razão, não produz transformação do caráter e da personalidade de seus adeptos.

Já o discipulado não se processa apenas por transferência de informações. O discipulado também se preocupa em transferir a vida de Cristo que está à disposição de cada discípulo.

O discipulado é um processo de modelagem espiritual, onde alguém que, anteriormente , já foi afetado por este processo , decide repetir esta experiência com outros.

O discipulado está alicerçado sobre alguns ingredientes fundamentais , como :

Relacionamentos,
Exemplo,
Ensino de Princípios,
Treinamento,
Supervisão e
Capacitação para se multiplicar.

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