domingo, 11 de julho de 2010

ROMANTISMO É FUNDAMENTAL

ROMANTISMO É FUNDAMENTAL .
Paulo Solonca

Quem disse que o romantismo é só para jovens enquanto estão no namoro? Paixões autênticas continuam mesmo depois do casamento, não envelhecem e nem se esfriam. O amor é como a vida: enquanto se respira, se ama.
Na verdade, nossas opções de amar podem até aumentar de intensidade, por causa do acúmulo das nossas experiências. A Bíblia afirma que o verdadeiro amor jamais acaba. (I Coríntios 13: 7-8ª)
O livro de Cantares de Salomão é um estímulo para que casais desenvolvam o romantismo.
O romantismo faz bem a qualquer casamento. Ele fornece uma sensa¬ção de alegria e bem-estar uma nova perspectiva de vida. É um bom remédio para os temo¬res e angústias, assim como para a baixa auto-estima.
Os psicólogos salientam que o amor romântico sincero tem um efeito organizador e construtivo sobre a nossa personalidade. Ele traz à tona o que temos de melhor, criando em nós a disposição de aperfeiçoar-nos e alcançar maior maturidade e responsabilidade. Este amor nos capacita a fun¬cionar no nosso nível mais alto.
Se você vive sem romantismo em seu casamento, está deixando de desfrutar algo fascinante. Você pode justificar-se dizendo que ama seu conjuge e que tem um compro¬misso com ele. Contudo, sem romantismo até mesmo a alegria fica comprometida . O relacionamento se torna monótono em comparação com a alegria que Deus planejou para você no casamento.

Nenhuma pessoa pode exigir que seu conjuge seja romântico mas pode colaborar criando as condições necessárias para que ele venha ser. Substitua os comportamentos desagradáveis que irritam seu conjuge e passe a emitir sinais agradáveis.
Se deseja resgatar o romantismo no seu casamento, e voltar a experimentar as alegrias e emoções do amor romantico é preciso deixar de se concentrar nas falhas do outro e praticar em vez disso a arte do elogio, da apreciação.

É preciso revigorar o relacionamento adicionando continuamente o amor eros ao casamento. O amor eros é orientado visualmente. Isto significa que tanto o marido como a mulher devem fazer o possível atraentes e bem arrumados quanto possível.
Se não der importância para isto, com o passar do tempo a atração se tornará menos excitante. A relação conjugal cairá num marasmo e a rotina sufocará aos poucos as manifestações amorosas.

O romantismo parece ser misteriosamente composto de reações fisiológicas como a respiração apressada, o bater violento do coração e emoções agradáveis de bem estar, de realização. O romantismo é uma das mais fortes experiências pessoais que o ser humano pode experimentar. Entretanto caberia perguntar : Como vivenciar o romantismo dentro do casamento numa época tão agitada como a que vivemos onde tudo conspira contra este ingrediente tão importante?
O amor romântico pode ser aprendido emocionalmente. Existem duas maneiras através das quais o amor romantico pode ser aprendido.
Primeiro, utilizando de ideias criativas dadas por Deus. Isto se vê profusamente no texto bíblico do livro de Cantares.
Segundo, preparando o clima emocional adequado a seu cônjuge.

O romantismo surge quando você decide amar a pessoa com quem se casou. O amor começa em sua mente com a decisão de render-se aos sentimen¬tos do amor.

Para tanto é preciso estar disposto a correr os riscos de estar vulne¬rável. Isto acaba por fomentar o conhecimento mútuo e a consolidação conjugal.
Os homens talvez tenham mais dificuldade em serem românticos. Entretanto, uma vez que seus sentimentos tenham sido fortemente despertados, são mais aptos a serem controla¬dos pelas emoções do amor do que as mulheres.
Pesquisadores descobriram que as mulheres são menos compul¬sivas e mais sensíveis no que diz respeito ao amor. Comecem com a disposição de render-se e permitir que suas emoções os guiem.

A ira, a amargura, infidelidade no passado, violência, falta de perdão e outros fatores, podem prejudicar o romantismo e devem ser tratadas e removidas. Caso contrário podem comprometer a espontaneidade do romantismo.

O amor romântico é uma resposta agradável, aprendida, quanto à aparência e sentimentos do parceiro, às coisas que ele diz e faz, e às experiências emocionais que compartilham. Casais que se amam, por mais que o tempo tenha passado, sempre desejarão estar juntos. Desejarão ser tocados, abraçados, beijados,e acaricidos . Ao menos desejarão ouvidos e notados.

Você ama seu marido? Ele está ao seu lado há tanto tempo. Talvez você tenha se acostumado com ele. É o pai de seus filhos. Mas será que o ama apaixonadamente? Há quanto tempo seu coração não bate forte quando o vê? Olhe para ele através dos olhos de outra mulher — ele ainda tem boa aparência, não é? Por que será que você se esqueceu das coisas que a atraíram para ele no começo? Esta é uma atitude comum — tomar seu marido como certo. No entanto, não é nada agradável quando o marido lhe trata como garantida, já conquistada.
Os homens são sentimentais, mais do que as mulheres. Mulheres , mais facilmente choram, e se expressa¬m audivelmente. O fato de eles não fazerem o mesmo abertamente não significa que não sejam emotivos.
Seu marido precisa que você lhe diga que o ama, que ele é atraente a seus olhos. É preciso rever esta postura no casamento e modificar seus padrões de pensamento.
Que tal ama¬nhã começar a revolucionar seu casamento. Surpeenda seu conjuge com uma ação romantica. Volte a dizer que você o ama e sente saudades quando ele se ausenta. Pode ser que você venha a precisar de oração. Peça ao Senhor que lhe conceda um tipo de amor sentimental, romântico, físico, afetuoso pelo seu conjuge . Seguramente Deus lhe ouvirá.
Maridos precisam parar e refletir sobre a maneira como se sen¬tiam quando começaram a amar. Maridos precisam voltar a escrever bilhetes. Voltar a fazer poesias, como no tempo do namoro.
Quando um homem ama de todo o coração, ele experimenta um sentimento intenso. Ele se sente exuberante e leve, como se andasse nas nuvens. Ele se sente muitas vezes fascinado, encantado e excitado com a mulher amada.
Além do mais há também o desejo de proteger e resguardar sua mulher de todo perigo e dificuldade...
Como você se sentia quando começou a amar a jovem com quem se casou? Ou (no caso de achar que jamais gostou sinceramente dela) olhe para a mesma agora através dos olhos de outro. Pense nos seus pontos de atração. Ame-a com uma apreciação sensível e observe o quanto se torna bela ao refletir e irradiar o amor que lhe estendeu.
Marido e esposa devem usar a sua imagina¬ção para amar, renovar o amor romântico, manter vivo o amor eros que também bate em seus corações. Casais devem voltar a usar a imaginação, a criatividade, a surpresa. Estas atitudes colaboram para que haja um incremento nas emoções.
Pare de fazer as coisas como sempre faz. Faça algo diferente. Faça algo que surpreenda seu parceiro. Crie situa¬ções emocionantes. A imaginação é um presente de Deus , e deve ser usada tantas vezes quantas vezes for necessária. Para tanto é preciso se concentrar na pessoa amada e lembrar de situações, de experiências e pra¬zeres do passado e depois sonhar de olhos abertos, na expectativa que estes prazeres voltem a ser sentidos e vivenciados.
A frequência e intensidade dos pensamentos positivos, ardentes, eróticos, ternos, sobre o cônjuge, são fortalecidos pelo “fator imaginação”
Muitas pessoas que não amam o parceiro começam a sonhar com outro numa tentativa de preencher o vácuo emocional.
Mesmo que esteja apenas no terreno da fantasia, você precisa largar disto e focalizar seus pensamentos naquele com quem se casou.
Enquanto estiver fazendo tudo o que acabei de descrever, precisa providenciar o clima emocional adequado para que o amor cresça.

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FLEXIBILIDADE NOS RELACIONAMENTOS

A BENÇÃO DA FLEXIBILIDADE NOS RELACIONAMENTOS

Paulo Solonca

Um sábio oriental disse certa vez: “Seja como o bambu. Resistente por fora, macio e oco por dentro. Suas raízes prendem-se com firmeza ao solo e se misturam livremente umas com as outras no solo para adquirir força e resistência. O caule balança ao sabor do vento e se curva sem oferecer resistência. O que é flexível e se curva, é bem mais difícil de se quebrar.”
Às vezes é melhor lidarmos com as frustrações e pressões, cedendo a elas sem perdermos a nossa identidade nem as nossas convicções e nem mesmo nossos valores. As coisas, de um modo geral, não costumam ser totalmente boas, nem totalmente más, nem costumam ser totalmente certas ou totalmente erradas.
As respostas e as soluções que buscamos costumam se encontrar em algum lugar “entre” os opostos. Quando insistimos em olhar para o mundo ora só em preto, ora só em branco, mais nos afastamos da compreensão, mais nos isolamos da verdade.
Outro dia destes ouvi um de um famoso palestrante e escritor sobre liderança, que muitas vezes é melhor “pensar cinza”. Tentar viver polarizados nos extremos pode ser perigoso e desgastante.
Ceder não significa desistir, assim como ser flexível não é sinal de falta de convicção. Ser flexível nada tem a ver com frouxidão. Quando se trata de amor, talvez seja melhor fazer concessões, sem tentar marcar ponto. Vivemos numa sociedade materialista que tem-nos incentivado á competição, sempre exigindo que vençamos.
Muitas vezes eu perdi um jogo para meu filho, só para encorajá-lo e vê-lo feliz. Quando amamos nosso cônjuge, aprendemos cedo que, ceder pode ser um bom negócio. Quando gostaria de ir passear perto das montanhas e ela, por sua vez, tomar um banho de mar na praia. . .se gentilmente cedo pra ela – isto é flexibilidade.

Ser flexível com meu próximo é se maleável. É ter disponibilidade de espírito para ceder aos gostos do outro. Ser flexível é abrir-se à compreensão. Pressupõe uma atitude de bondade e benevolência.
Ser flexível é favorecer um acordo. É adaptar-se às circunstâncias. É não ser rígido demais. A flexibilidade quase sempre vem acompanhada de manifestações de perdão, docilidade, ternura, brandura e paciência . Pessoas flexíveis são fáceis de se lidar e conviver.

AMIZADE TEM UM CUSTO

AMIZADE TEM UM CUSTO

Paulo Solonca

É preciso priorizar o relacionamento com nosso cônjuge . Amizade não acontece por acaso. Ela pode ser iniciada por um acaso, entretanto não se desenvolve por acaso. Amizade profunda tem que ser cultivada por anos a fio, noites curtas, passeios e muito tempo para se conversar.
Exige-se que o televisor, a Internet muitas vezes tenham que ser desligados. Que o jornal ou revista sejam postos de lado. Que os afazeres do lar, acadêmicos ou profissionais sejam interrompidos.
Bernard Shaw, disse certa vez sobre o assunto:“. . . O caminho mais seguro para sentir-se miserável é arranjar tempo suficiente para ficar pensando se somos felizes ou não.”
Não se descobre a felicidade perseguindo-a. Na maior parte das vezes, ela é um subproduto que nos é dado quando estamos fazendo algo de bom e útil para outras pessoas.
Jesus afirmou, em situações distintas, que o homem se encontra a si mesmo quando a si mesmo se perde. Marcos 8:35 ". . .Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á".
Deus ama através dos homens. Jesus, o meu melhor amigo, me faz sentir e viver seu amor através das pessoas que colocou em torno de mim, em minha igreja, no meu trabalho, em meu grupo de discipulado, em minha família - mas especialmente meu cônjuge. João 15:13 ". . . Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos".

Jesus é meu melhor amigo, mas preciso de outros amigos a meu lado. A amizade é um dos valores que dão sentido à muitas outras coisas. Como ouvi de meu colega Ed René Kivitz: “Pessoas precisam de Deus, mas pessoas precisam também de pessoas !”
Preciso de amigos, antes de tudo, para conhecer-me a mim mesmo. Preciso de um espelho para ver o meu rosto. Preciso de um amigo para ver a minha alma; preciso de sua presença, de sua paciência, de sua intuição, de suas reações, de seu amor, para que reflitam os traços de minha alma.
Você e eu precisamos da amizade de nosso cônjuge exatamente para nos enxergar melhor. Precisamos entender o valor de cultivar uma amizade profunda com nosso cônjuge. Um casamento saudável e duradouro começa a formar-se e a estender suas raízes, quando ambos fazem um esforço para acolher e amar cada um tal qual é.

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BONS RELACIONAMENTOS IMPLICAM EM BONS DIÁLOGOS

BONS RELACIONAMENTOS IMPLICAM EM BONS DIÁLOGOS

Paulo Solonca

Como qualquer projeto de vida, incluisive o casamentos carecem de dedicação. Quem almeja passar num concurso público terá que dedicar-se com afinco para poder ser bem sucedido. Quem deseja ter sucesso nas vendas , tem que esforçar-se ao máximo para alcançar suas metas. Quem quer ser bem sucedido nos negócios tem que se dedicar para obter lucro. Da mesma forma o casamento. Ele exige dedicação, empenho, planejamento, garra.
Um dos primeiros passos que um casal pode dar no sentido de desenvolver uma relação significativa é o desejo de estabelecer e desenvolver um bom e rico diálogo. Dentro de um lar, se existir um bom diálogo, seguramente os problemas serão enfrentados com sabedoria, serenidade e sem aquelas tensões desgastantes .
O diálogo autêntico, quando realmente existe, é sempre fecundo, porque proporciona o encontro de duas almas na claridade. O diálogo deveria ser mais normal e natural entre pessoas que vivem juntas. Contudo, é estranho como pessoas que compartilham os mesmos espaços físicos, os mesmos projetos de vida ou os mesmos empreendimentos – contudo, não conseguem comunicação efetiva através do diálogo.
A maior parte dos problemas que tem afetado a vida de certas famílias , está associada direta ou indiretamente ao mau uso do diálogo. Um pai que não sabe relacionar-se corretamente como seus filhos, corre o risco de conviver com sérios problemas familiares. Uma esposa que não consegue dialogar com seu marido , quase sempre está envolvida em conflitos desgastantes.
Casais que não desenvolvem caminhos criativos de diálogo sofrem por causa da péssima qualidade de relacionamento que acaba surgindo em função da inabilidade de dialogar corretamente.
DICAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DO DIÁLOGO.


1. procure não confundir.
2. não crie uma atmosfera pesada.
3. não crie obstáculos.
4. evite culpar, evite acusar.
5. nunca tente envergonhar.
6. evite o nocivo hábito de armazenar informações.
7. procure não ficar neutro, em cima do muro. Posicione-se.
8. não use o silencio para infernizar o outro.
9. não fique maquinando para pegar o outro pela palavra.
10. evite fazer julgamentos precipitados.
11. nunca generalize.
12. não exija juramentos.
13. não intimide.
14. não ameace.
15. evite usar sempre “você ”. Em vez disso prefira "nós"
16. não fique suspeitando de tudo.
17. nunca rebaixe o outro.
18. não perca tempo procurando descobrir o que está por trás das palavras.
19. evite adiar o diálogo.
20. não tente controlar o outro.
21. pare de usar a ferramenta insuportável de se portar como um(a) martir.
22. em hipótese alguma sufoque o outro com seus argumentos..
23. nunca triangule. É ridículo e feio fazer isso.
24. evite ficar questionando.
25. nunca ironize ou brinque num diálogo sério. É perigoso e revela desconsideração.
26. não se retraia.
27. não perca tempo exigindo descobrir quem está com a verdade.
28. evite fazer comparações.
29. pare de exagerar. Isto só o desqualifica.
30. aprenda a não omitir os fatos.
31. nunca barganhe.
32. não crie ciladas. É desonesto.
33. nunca absolutize ( sempre, nunca, tudo, nada)

Qual das sugestões acima você gostaria de começar a praticar em seus relacionamentos?

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DESENVOLVER CONTATOS PESSOAIS CONTÍNUOS E INTENSOS.

SER DISCIPULO DE CRISTO PRESSUPÕE ESTAR DISPOSTO A DESENVOLVER CONTATOS PESSOAIS CONTÍNUOS E INTENSOS.
Paulo Solonca

Nossos dias caracterizam-se pela impessoalidade. Exatamente isso tem levado milhares de pessoas para as malhas da depressão e do tédio. A sociedade está cada vez mais consumista. Está cada vez mais materialista e competitiva. As mães modernas correm o dia inteiro levando seus filhos da escola para aulas de idiomas, dança, academias, clubes e aulas particulares. O povo está sendo obrigado a estudar mais, atualizar-se constantemente. Se parar, fica para trás. Vivemos uma época onde as pessoas não tem tempo. Hoje é muito raro você encontrar à noite uma família reunida em casa. Muito mais difícil encontra-los conversando à volta de uma mesa ou numa sala e longe de aparelhos de TV, computadores e celulares.
O progresso no campo da informática tem afastado as pessoas umas das outras. Contatos humanos se tornam cada vez mais virtuais. As grandes indústrias estão demitindo seus operários e substituindo-os por máquinas computadorizadas, por robôs.
Agora você não precisa ir tantas vezes ao banco. Você pode perfeitamente fazer as suas operações financeiras a partir de seu telefone, celular, palm-top ou computador. O mesmo se dá com as compras. Está se aproximando o dia em que dificilmente alguém sairá de sua casa para fazer alguma compra ou pagamento. Hoje, você já pode comprar pela internet, quase tudo. Da alface, à geladeira, aparelho de som, computadores, carro, remédios, pacotes de viagens. . . e pasme você . . . até mesmo iniciar e desenvolver relacionamentos virtuais. Se desejar pode até mesmo casar.
Mas apesar disso, lá no mais profundo do seu íntimo, as pessoas querem sair do seu isolamento. Elas querem contato, convívio. Sentem falta do calor humano. Maridos e esposas precisam um do outro para lhes ouvir os desabafos, as frustrações, as dúvidas. Casamentos fortes e saudáveis se caracterizam por priorizarem estar juntos. Maridos e esposas saudáveis arranjam criativamente motivos para incrementar o convívio e a comunhão.
Outros dois grandes perigos que tem afetado os casais de nossos dias são as atividades profissionais, ou mesmo as tarefas acadêmicas que trazem para dentro de casa. O outro perigo vem da super-atividade de uma determinada prática esportiva ou de lazer. Tenho visto vários casamentos caminhando para o abismo por não saberem lidar com esta questão.
Conheci um casamento que acabou porque o marido ia ao estádio 2 vezes por semana assistir a jogos do campeonato de futebol e na mesma semana ia jogar futebol com o pessoal da empresa. Os outros 2 dias ele ia malhar na academia. Para acalmar a sua consciência, ele incentivou a esposa a freqüentar uma academia duas vezes por semana. Ela se conformou e ainda se sentiu atraída pelo “personal training” com o qual acabou se envolvendo. Para preencher a ausência do marido , passou a freqüentar com algumas amigas um “ café colonial que servia de fachada para atividades de um bingo. Não poderíamos esperar outra coisa deste estilo de vida: ela perdeu muito dinheiro, caiu na mão de agiotas e viu seu casamento se acabar. Culpa de quem ? Qual é seu palpite?

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VIVENDO SOB UMA ALIANÇA

VIVENDO SOB UMA ALIANÇA
Paulo Solonca

Não é fácil viver algumas horas, diariamente, com uma outra pessoa tanto no trabalho, como na escola, ou na comunidade. Somos pessoas diferentes umas das outras. Temos genes diferentes, educação , cultura, caráter, formação, gostos, valores, habilidades, dons, talentos diferentes e sexos distintos.
Entretanto, admitamos ou não, todo ser humano precisa de relacionamentos. Ninguém consegue viver sozinho. Tanto homens como mulheres, precisam aprender a se relacionar uns com os outros. Tentar viver sem se relacionar com outros é uma utopia. O isolamento é uma ilusão, uma fraude, um engano. Homem algum foi criado para viver isolado.
Deus é um ser que sempre priorizou relacionamentos. Em Gênesis 1:26 lemos: "... façamos o homem". Logo no primeiro capítulo da Bíblia surge a revelação de um Deus que não se contenta em ser apenas uma pessoa. O texto vem no plural: "façamos" o homem. Em sua infinita sabedoria, Deus se apresenta como um Deus trino; Pai, Filho e Espírito Santo.
O Deus que a Bíblia nos apresenta é um Deus relacional. Um Deus que sente necessidade de relacionamentos.
No segundo capítulo de Gênesis no versículo 18 lemos: "... não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora".

Nota-se aí Deus concluindo não ser bom o homem viver sozinho. Deus não projetou o homem para viver isolado e solitário: Um homem desacompanhado não satisfazia a mente do Criador.
No terceiro capítulo de Gênesis, versos 8 a 10 - fala-se que Deus andava pelo jardim do Éden e conversava com Adão e sua esposa. O texto diz ainda que Deus estava preocupado com o homem e o chamava : “ ... onde estás?”
Agora pense nisso: Deus nos fez imagem e semelhança dele. Portanto, quem quiser dar um passo significativo em direção ao resgate da “imagem e semelhança” de Deus em sua vida... deve entender e viver intensamente os seus relacionamentos, pois um dos atributos de Deus é a Sua relação com outras pessoas.
Pessoas que se negam viver relacionamentos , não são saudáveis. São pessoas doentes e infelizes. A tentativa de suprimir ou evitar o relacionamento com o seu próximo é um pecado que irrita a Deus.
O primeiro a cair nesse erro foi Caim. Ele executou um plano de assassinar o seu irmão por não suportá-lo. Ele se livrou de alguém que o fazia se sentir desprezado. Ele se livrou de um irmão do qual tinha inveja. Ao matá-lo, Caim provoca a repulsa de Deus a ponto de o Senhor amaldiçoá-lo. (Gn 4:11)

A família de nossos dias está perdendo o seu sabor porque, entre outras coisas, desaprendeu a viver com qualidade os seus relacionamentos. Quando Deus planejou a família, Ele a fez para ser uma comunidade de relações profundas, prazerosas e significativas.
Uma das características mais marcantes de uma família cristã é o amor intenso que seus membros demonstram um para com o outro. O apóstolo João escreveu dizendo que ninguém pode ter a pretensão de amar ao Deus invisível, se ainda não conseguiu amar seu irmão que é visível.
Aí está a solução para aqueles cristãos que não conseguem sentir amor genuíno por Deus. Primeiro é preciso aprender a amar aqueles que estão à nossa volta. Depois, podemos entender como funciona o amor entre Deus e nós , suas criaturas. Os integrantes de nossa família precisam ser amados tanto quanto amamos a Deus.
Jesus ensinou que amar a Deus, amar ao próximo e amar a si mesmo estão no mesmo grau de valor, de importância para Deus.
Em João 14:21 lemos a palavra de Jesus dizendo: “... Aquele que me ama guardará a minha palavra e o Pai o amará e viremos a ele e nele faremos morada.”
Amar a o nosso conjuge é amar o Deus que vive nele. Isto significa também que, negar-me a relacionar-me com ele é negar-me a manter um relacionamento com o O Deus/Espírito Santo que nele habita.
Odiar nosso cônjuge é odiar o Deus que nele habita. Fazer o bem para o meu cônjuge é fazer o bem para o Deus que nele habita.

Jesus chegou a explicar isto de modo enfático quando diz: “... Quando deres um copo de água a um destes meus pequeninos, a mim o fizestes. Quando negastes água para um deles, a mim o negastes.”. É muito importante que casais cristãos se conscientizem sobre o valor desta disciplina da vida cristã.
Em Gênesis 2:24 está escrito: “... Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
O ideal de relação de Deus é elevado. O relacionamento de um homem com sua esposa deveria chegar a um nível tão alto que pudessem vivenciar uma unidade não apenas física, mas também uma unidade de mente e coração. Deus quer que você e sua esposa tenham um relacionamento integral .Eclesiastes 4:9 Provérbios 18:1

Insistir na solidão é rebelar-se contra a mais pura sabedoria. É falta de bom senso. A solidão só é válida quando nos determinamos temporariamente a buscar o Senhor. Entretanto estes momentos de solidão devem servir apenas de recursos para podermos voltar para uma vida de relacionamentos intensos e cordiais com os demais seres humanos.
A Bíblia, em momento algum, defende a vida monástica. O desenvolvimento de uma espiritualidade apenas vertical, do homem com seu Deus - é incompleto. Ficar curtindo um êxtase pessoal e tentar permanecer ali, exclusivamente, é egoísmo espiritual.

O bom relacionamento entre pessoas não acontece por acaso. Não acontecem automaticamente ou casualmente. Eles envolvem uma determinação consciente de querer dar o primeiro passo.

Para quem é um seguidor de Jesus trata-se de uma questão de vontade e de decidir andar pela fé, uma fé que crê ser a Palavra de Deus mais verdadeira do que qualquer sentimento humano.
A amizade baseia-se num intercâmbio entre os dois. O grau de amizade varia de acordo com a capacidade que cada uma tem de liberta-se do “ego" e permitir o desenvolvimento da habilidade de dar-se .
Depende também da capacidade de aceitar o que está sendo dado. A Bíblia dá muita ênfase na camaradagem entre os filhos de Deus. Estes devem viver uma interdependência e um interesse pelos problemas uns dos outros. Provérbios 17:17:

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UM NAMORO DE 44 ANOS

Nesta semana eu e Noemia estamos comemorando 44 anos de namoro. Lembrei-me de um artigo do colunista Stephen Kanitz publicado na revista Veja e estou postando aqui para a reflexão daqueles que me acompanham. É bom lembrar que o colunista não é evangélico.

O segredo do casamento

". . . Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário.
Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue. Hoje em dia o divórcio parece ser inevitável. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher.
Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu. O segredo do casamento não é a ilusão de viver uma harmonia eterna. Depois das inevitáveis discussões e conflitos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.
O segredo, no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a ser romântico, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para fazer uma refeição fora de casa? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter sua irrestrita atenção?
Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge. Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas.
Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.
Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro, e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos da união anterior. Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada.
O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado fazer no início do casamento.
Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive a seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças.
Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão; por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

ARTIGO – REVISTA VEJA: Edição 1922 . 14 de setembro de 2005
Stephen Kanitz é administrador por Harvard
(www.kanitz.com.br)


O que você pensa sobre o que o articulista escreveu acima?

Um abraço

Paulo Solonca

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

FELIZ A NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR

FELIZ A NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR


Salmos 33:12 Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para sua herança.

Como seria bom se pudéssemos viver uma Teocracia. Infelizmente não vivemos. O padroeiro, o protetor de nossa nação não é o Senhor Deus, o Pai de Jesus Cristo. Não é o Grande El Shadai, Adonai. O padroeiro , infelizmente é um objeto de gesso encontrado por pescadores no interior do estado de S.Paulo. Vivemos na democracia, e por isto mesmo temos que respeitar a crença da população. Mas a função da igreja de Jesus é pregar o Evangelho e ajudar os nossos conterrâneos a escapar da cegueira espiritual.

Jeremias 2:5 Assim diz o SENHOR: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para de mim se afastarem, indo após a nulidade dos ídolos e se tornando nulos eles mesmos,
Jeremias 7:30 porque os filhos de Judá fizeram o que era mau perante mim, diz o SENHOR; puseram os seus ídolos abomináveis na casa que se chama pelo meu nome, para a contaminarem.

Outro dia destes, lendo um livro de Hernandes Dias Lopes, sobre Atos 16 ele me ajudou a compreender as circunstâncias que envolvem a questão da idolatria. O reverendo Hernandes escreveu explicando que , quando o apóstolo Paulo chegou a Atenas, nos meados do primeiro século, esta cidade era considerada a grande metrópole da intelectualidade, o maior centro universitário do mundo, o berço da filosofia e das artes, da terra dos grandes luminares do saber; que encheram bibliotecas com a sua erudi¬ção. Era a cidade de Péricles e Demóstenes de Sócrates, Platão e Aristóteles

Por mais estranho que pareça, é nesta cidade aspergida e bafejada pela mais refinada intelectualidade, adornada pelos mais ilustres pensadores do mundo, que Paulo encontra a mais agu¬da e crônica ignorância espiritual. É nesta cidade, berço da filosofia que Paulo se confronta com a mais tosca e repug¬nante idolatria. Nem sempre a intelectualidade refinada é segui¬da de uma espiritualidade sadia. Os atenienses eram doutores em filosofia, mas estavam imersos num profundo obscurantis¬mo espiritual. A cidade estava infestada de deuses. A cidade es¬tava assaltada e tomada de ídolos. Paulo viu-se cercado e confrontado com uma verdadeira floresta de imagens ao caminhar pelas ruas de Atenas. Plínio asseverou que, ao tempo de Nero, Atenas esta¬va ornamentada por mais de trinta mil estátuas públicas. Petrônio disse que era mais fácil encontrar um deus em Atenas do que um homem. Cada templo, cada portão, cada pórtico, cada edifício tinha as suas divindades protetoras. Não é diferente a situação hoje. O homem moderno está se tornando um gigante na ciência, amplia de forma colossal os horizontes do seu conhecimento. A cada dia ficamos estupefa¬tos diante dos prodígios estupendos engendrados pela capaci¬dade humana. Vivemos num paraíso tecnológico. O futuro chegou e está presente. A medicina prodigiosamente traz a lume descobertas magníficas. Estamos encantados e esperançosos com os avanços da genética As viagens interplanetárias e a pesquisa do espaço sideral nos deixam boquiabertos. No campo das co¬municações, o desenvolvimento supera todas as previsões, mes¬mo que dos mais otimistas dos futurólogos.

Mas, na medida que damos passos tão largos rumo ao progresso científico e tecnológico, estamos vivendo um retrocesso moral e um entor¬pecimento espiritual. A medida que o homem contemporâneo atinge as alturas excelsas do progresso e fica inebriado pelas luzes do conhecimento, ele também mergulha a sua alma nas camadas mais abissais da confusão moral e da cegueira es¬piritual.Certa feita, Diógenes saiu às mas de Atenas, em pleno meio dia, sol a pino, de lanternas acesas nas mãos, procurando atenta-mente alguma coisa. Alguém, surpreso, interpelou-o: “Diógenes, o que procuras?” Ele respondeu: “Eu procuro um homem.”7 Em Atenas, de fato, era mais fácil encontrar um deus do que um homem. Havia uma multidão de deuses em Atenas. Para cada situação havia um deus. Havia um deus para o fogo e outro para a água. Havia um deus para o amor e outro para a guerra. Havia um deus para o mar e outro para a terra. Para tudo havia uma divindade. Além disso, os atenienses acreditavam que esses deuses eram caprichosos, iracundos e vingativos. Se eles não fossem servidos e se não lhes fizessem oferendas e não lhes dedicassem um altas eles puniam e derra¬mavam sobre os homens sua fúria vingativa. Foi então que os atenienses, com medo de seus muitos deuses, preocupados de se esquecerem de alguns deles, ergueram um altar ao “deus des¬conhecido”. Com isso, pensavam eles conseguir apaziguar a ira do “deus esquecido e negligenciado”.
E a partir desse altar que Paulo começa a falar sobre o verdadeiro Deus, que era desconhecido pelos atenienses. Com uma tremenda demonstração de bom senso, Paulo ,inicialmente elogia a religiosidade dos atenienses. Entretanto, a seguir despeja um ataque logicamente arrasador contra a idolatria (Atos 17).
Quando escreveu sobre as obras da carne, ele incluiu a idolatria e a feitiçaria na lista dos terrores que arruinaram toda busca do homem pela felicidade (Gálatas 5:16-26). William Barclay ajuda-nos a entender as obras da carne com sua observação de que "cada uma delas é uma perversão do que é bom em si mesmo". Pervertemos a verdadeira adoração quando substituímos Deus por outra coisa e agimos em contrariedade às instruções de Deus. A Bíblia é clara quando relata o mandamento de Deus.
“. . .Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem “ Êxodo 20:1-7.

A idolatria é infidelidade. Jeremias a descreve como adultério (Jeremias 3:9). Em Isaías 44 , Deus taxa a idolatria como “um absurdo”. Veja o que está escrito a partir do verso 6 :

“. . . Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus. . . Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça.... Todos os artífices de imagens de escultura são nada, e as suas coisas preferidas são de nenhum préstimo; eles mesmos são testemunhas de que elas nada vêem, nem entendem, para que eles sejam confundidos. Quem formaria um deus ou fundiria uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? Eis que todos os seus seguidores ficariam confundidos, pois os mesmos artífices não passam de homens; ajuntem-se todos e se apresentem, espantem-se e sejam, à uma, envergonhados. O ferreiro faz o machado, trabalha nas brasas, forma um ídolo a martelo e forja-o com a força do seu braço; ele tem fome, e a sua força falta, não bebe água e desfalece. O artífice em madeira estende o cordel e, com o lápis, esboça uma imagem; alisa-a com plaina, marca com o compasso e faz à semelhança e beleza de um homem, que possa morar em uma casa. Um homem corta para si cedros, toma um cipreste ou um carvalho, fazendo escolha entre as árvores do bosque; planta um pinheiro, e a chuva o faz crescer. Tais árvores servem ao homem para queimar; com parte de sua madeira se aquenta e coze o pão; e também faz um deus e se prostra diante dele, esculpe uma imagem e se ajoelha diante dela. Metade queima no fogo e com ela coze a carne para comer; assa-a e farta-se; também se aquenta e diz: Ah! Já me aquento, contemplo a luz. Então, do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, prostra-se e lhe dirige a sua oração, dizendo: Livra-me, porque tu és o meu deus. Nada sabem, nem entendem; porque se lhes grudaram os olhos, para que não vejam, e o seu coração já não pode entender. Nenhum deles cai em si, já não há conhecimento nem compreensão para dizer: Metade queimei e cozi pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ia eu diante de um pedaço de árvore? Tal homem se apascenta de cinza; o seu coração enganado o iludiu, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não é mentira aquilo em que confio?

O Brasil é considerado um dos maiores países cristãos do mundo. Mas pratica um cristianismo adulterado. A igreja dominante , esta que está presente nas solenidades oficiais e que anda de mãos dadas com o poder ... é uma igreja idólatra. Conseguiu até um feriado nacional em 12 de outubro para homenagear a padroeira do Brasil. Não se iludam com o chamado avivamento católico. Não se iludam com as pregações bonitas de seus líderes falando sobre Jesus, curas, dons do Espírito. . tudo isto seria evidência de um avivamento se não fosse acompanhado do culto às imagens . A Bíblia tem razão é um absurdo cultuar uma estátua de gesso encontrada num rio. É cegueira crassa. Como estamos no Brasil, temos que respeitar a opção religiosa de qualquer iniciativa. O que não podemos é ficar calados sem avisar nossos amigos sobre o perigo e as conseqüências da idolatria. Veja o o que está escrito na própria Bíblia das Edições Paulinas :

Efésios 5: 5 adverte : Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.
1 Coríntios 12:2 Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados.
2 Coríntios 6:16 Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
1 Ts 1:9 pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro
1 João 5:21 Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.

Como consequência, nossa nação sempre esteve enterrada e principalmente agora numa grande confusão. A falta de integridade. Os marcos foram arrancados. Nossos governantes perderam o referencial. Estamos no meio de uma grande confusão moral. Enquanto escrevo este artigo acabo de ouvir pela imprensa sobre o sumiço de milhões de dólares da sede da polícia federal. O povo está desacreditado. Em quem confiar ? Os valores éticos foram afrouxados e desprezados . O deus de muita gente não é , talvez uma estátua, mas a tara pelo prazer insaciável. A idolatria se manifesta em qualquer atitude ou prática que destrona o Senhor Deus de seu altar . Quando se substitui a busca de Deus e a sua companhia, a seu presença – por qualquer outra coisa – estamos praticando a idolatria. O pecado da idolatria é praticado quando você coloca seu trabalho antes de Deus. Você cai na idolatria quando ama mais uma pessoa do que o amor que deveria sentir por Deus. Você peca quando pratica a idolatria substituindo Deus pelos prazeres efêmeros deste mundo. Como afirma Hernandes Lopes ...” Ele seduz seus súditos com coisas agradáveis aos olhos, com diversões fantásticas, com sensações arrebatadoras, põe em suas mãos a taça transbor-dante das delícias, mas depois lhes faz definhar a alma e lhes dá veneno para beber Vivemos numa sociedade hedonista. Hoje há muitos altares levantados a essa divindade. Há multidões pros¬tradas nesses altares. Não são poucos aqueles que buscam o prazer da vida nas diversões frívolas, no teatro blasfemo, no cinema pornográfico, nas bebidas destruidoras, nas drogas mortais, no sexo desenfreado, no jogo sedutor, nas riquezas, no sucesso, na fama e nas glórias deste mundo. Vivemos hoje numa sociedade imediatista e descartável. Os homens hoje escarnecem da virtude, zombam dos valores morais graníticos e tripudiam sobre os compromissos dura¬douros.
E por isso que a família está nesta crise medonha. O que importa hoje não é ser fiel. O que interessa é o prazer imediato, é viver no agora, sem pensar no amanhã e sem investir no futuro. Nossa sociedade hedonista não quer saber o que Deus diz. Ela não se importa com a Palavra de Deus. O que conta é se a pessoa se sente bem. A busca não é pelo que é certo, mas pelo que dá certo. O inte¬resse não é pela verdade, mas pelas vantagens . O propósito não é agradar a Deus, mas sentir prazer. Como consequência a sociedade está colhendo hoje os frutos podres dessa se¬meadura maldita. Milhões de jovens estão apodrecendo no atoleiro das drogas. Mesmo sob a repressão da lei e com todo o rigor da justiça, os cartéis do narcotráfico, vestidos de couraça de ferro, ao arrepio da lei, exercem um po¬der paralelo e despejam sobre as famílias hodiernas esse veneno infernal das drogas, que tem ceifado tantas vítimas e provoca¬do tantas atrocidades. A promiscuidade sexual atingiu níveis insuportáveis. Os motéis, verdadeiros prostíbulos, crescem como cogumelos às margens das nossas rodovias e nos subúr¬bios das nossas cidades, nas barbas das nossas autoridades, sem nenhum grito de inconformação. A prostituição infantil, o turismo sexual tem acarretado ao Brasil uma péssima fama. Você prezado leitor, gostaria de ser um agente transformador da história de nossa nação ? Então saia do comodismo. Evangelize seus colegas de estudo , de trabalho, vizinhos e parentes. Faça discípulos para Jesus. Desta forma a idolatria vai ser minada e nossa pátria seguramente vai ser muito melhor. O Brasil tem tudo para ser uma nação próspera.

Salmos 144:15 Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Sim, bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O discípulo e a sua vida de oração ( 3 )

Voltemos às bodas de Caná e sigamos os acontecimentos mais um pouco. De novo a mãe de Jesus nos proporciona uma preciosa orientação acerca do modo conveniente de orar. Foi ela ao Filho, conforme o texto, e Lhe disse: "Estão sem vinho”. A resposta que recebeu foi, um tanto ríspida, seca e evasiva.

" . . .Mulher, que tenho eu contigo? Minha hora não é ainda chegada.”

Imaginemos por um instante, se fôssemos nós quem re¬cebesse essa resposta. Que acham teria acontecido?

Acho que teríamos dito, como o temos feito vezes tantas:

“Ó, eu oro, mas Deus não me ouve quando eu oro”. E quando ele responde , não é do jeito que eu queria. Ai então. . . E retornaríamos á nossa vidinha totalmente desencorajados e desanimados.

Vamos voltar a nossa atenção para a mãe de Jesus.Ela recebeu uma resposta dura, realmente muito dura. Eu creio que se deveu ao fato, de Jesus estar sofrendo, nesse momento, uma forte tentação. E isso motivado pela própria mãe.

Veio ela e Lhe falou do vexame a que os estimados anfitriões estavam prestes a passar . Uma festa sem vinho, ou pouco vinho.

A necessidade pedia uma pronta ação para que nenhum dos convidados viesse a descobrir que o vinho estava acabando . Isso dava margem a que Jesus fosse tentado a agir antes da hora determinada. Esta era a relação de obediência e de dependência em que Jesus vivia para com o Deus o Pai. Ele mais tarde chegoui a dizer : que Ele “nada podia fazer de Si Mesmo” (João 5:19).

E em fazendo a vontade do Pai, tinha Ele de aguardar fosse chegada a hora do Pai.

Jesus sentiu, nesse momento, a tentação de intervir antes de chegada a hora do Pai.
E a tentação era tanto mais intensa já que partia de sua própria mãe.

". . .Mulher”. Uma palavra dura para se dirigir aquela que era a sua mãe, .
Mas, foi exatamente nesse momento que ela demonstrou a experimentada mulher de oração que era.

1.Em primeiro lugar submeteu-se humildemente à repreensão de Jesus .

Nenhuma palavra murmurou ela que refletisse descontentamento ou contrariedade.
Não sabemos se ela compreendeu então a razão que motivara a severa palavra de Jesus.
Mas, haja compreendido ou não, ela a aceitou resignadamente . Reconhecia que o que Ele dizia era reto e pertinente, quer entendesse ela ou não.

2.Em segundo lugar, verificamos que a dura resposta que recebeu não abalou a sua certeza de que Jesus lhe atenderia o pedido e tomaria as devidas providencias. Tão segura estava disso que procurou imediatamente os serventes e lhes disse: “O que Ele vos disser, fazei-o”.

Que é que ira acontecer, ela não poderia imaginar. Todavia, que alguma coisa iria acontecer, não lhe restava a menor dúvida, pois Jesus já havia tomado o problema em Suas próprias mãos.

3.Em terceiro lugar, e este é o ponto de maior importância . . .ela não fez nenhuma tentativa para mudar Jesus.

Conhecia-O já suficientemente para não ousar nenhuma atitude desse tipo

Precisamos aprender este segredo da oração : não deve¬mos interferir em nossas orações mas deixá-lo inteiramen¬te a Deus, isto é, o QUANDO e o COMO da resposta a nossas orações.

Somos muito impacientes. Este é o caso , especialmente quando há algo urgente.
Chegamos a planejar para Deus a resposta às nossas orações e isto com detalhes.

Achamos que há apenas uma coisa para Deus fazer em resposta a nossa oração. E essa resposta precisa vir agora, precisa vir imediatamente. E tem de ser exatamente como a planejamos.Então paramos de orar , seguros de que Deus dará uma resposta inconfundível e a anteci¬pamos hora a hora. Mas, nada se manifesta.

- A cura de doença pela qual oramos não acontece , o dinheiro que precisávamos não veio,
- O emprego não deu certo,
- O marido continua bebendo,
- O filho não consegue sair das drogas,
- As dívidas continuam,
- Nenhum braço todo-poderoso parece refrear as tragédias

De novo a oração se tornou um esforço inútil . E começamos a sentir-nos cansados de orar.
Que desapontamento! Que decepção! Que indisposi¬ção nos sobrevém à vida de oração depois de experiências como estas.

Por que tudo isto acontece ? Não nos ouviu Deus a oração?

Indiscutivelmente, sim; e pôs-se imediatamente a promover-lhe a execução.
Mas, Éle se reservou o direito de decidir quando e como deferir a petição. E a seu próprio tempo a resposta advirá.Nós, entretanto, não a recebemos como tal.
Há muito que nos esquecéramos de que havíamos orado pedindo exa¬tamente o que agora se nos concede.

Pelo menos, nós não o reconhecemos como resposta a oração que houvéssemos feito.

Tínhamos planejado a resposta de modo muito defi¬nido e quando não a tivemos nos termos que estabelecêramos, concluímos que não iríamos receber resposta alguma.


Não há dúvida de que muitas são as respostas de Deus que recebemos dessa maneira, respostas que não reconhecemos como tais e de que, portanto, não derivamos a plenitude de alegria e benefícios e, o que é mais importante ainda, respostas por que não somos agradecidos.
Nossa vida de oração, em outras palavras, nos deixa mais pobres do que realmente somos, porque não percebemos as respostas de nossas preces.
Inquestionavelmente, todos sentimos que ainda temos muito que aprender com o Espírito Santo.

Sentimos, também, que se Ele nos pudesse ensinar êste simples mas im-portante segredo da oração, nossa vida de oração seria bem diferente. Compreendemos mesmo que a deficiência de nossa vida de oração se deve, de fato, a não confiarmos em nosso amado Senhor. Achamos que sabemos melhor do que Ele quando e como devem nossas orações ser respondidas.

Usamos a oração para convencer a Deus de que temos visão da verdadeira perspectiva do caso, de que a resposta deva ser dada imediatamente, e de que ela deve obedecer ao plano que nós elaboramos. Inconscientemente nos servimos da oração para tentar persuadir a Deus de que nisso estamos com a razão.

E é essa a luta com Deus que nos torna tão preocupa¬dos e tão ansiosos quando oramos.
Tememos que Deus não se deixe persuadir com os nossos argumentos e que, ao contrário, Deus venha a agir como bem Lhe parecer e bem indiferente às nossas súplicas. Isso faz da nossa vida de oração , uma tarefa pesada e desgastante.

Precisamos pedir ao Espírito santo que nos ensine e nos convença das verdades a respeito da Soberania de Deus, então expe¬rimentaremos alivio e paz ao orarmos.

Precisamos pedir para o Espírito Santo nos ensinar também que não há perigo em deixar nas mãos de Deus , o tempo e os meios que ele mais julga oportunos para nossas súplicas e intercessões . Sendo assim, nossos momentos de oração tornar-se-ão, de fato, períodos de refrigério, de gozo.

Começaremos a perceber que é a vontade de Deus não somente ouvir as nossas orações mas também dar-nos a melhor e mais completa resposta que êle, o Deus Todo-Poderoso e Onisciente, pode proporcionar.

Deus nos dará a resposta quando maior for a soma de bene¬ficios que ela pode nos trazer. Deus nos responderá através dos meios que mais e melhores resultados nos possam alcançar. Tomemos um exemplo da nossa experiência cotidiana de oração.

Oramos em favor de nossos queridos, especialmente por aquêles que ainda não sao convertidos.

Oramos dia após dia, semana após semana, ano após ano. Nenhum deles, entretanto, se converte. Se alguma alteração neles se percebe é antes para pior. Tornam-se até mais munda¬nos, mais renitentes no pecado, mais recalcitrantes ao cha¬mado de Deus.

Surge a pergunta “Por que não nos ouve Deus as orações?” Ele atende as súplicas de tantas cutras pessoas.

É o caso, por exemplo, de uma família crente cujos filhos foram todos ganhos para Cristo. Isto concorre para que mais difícil e inexplicável se nos torne o fato de não serem nossos próprios filhos convertidos.

Voltando-se para Deus, preocupado com a situação, ora você mais fervorosamente do que nunca; você se torna até violento em suas preces.

Faz ver a Deus que Ele precisa salvar seus queridos e isso imediatamente. Mas, após haver orado dessa forma, não se sente bem.
Não lhe invadem a alma paz e confiança, quer antes, quer depois de orar.

Uma vez mais você orou em direto desacórdo com as leis que regem a vida de oração. É por isso que lhe é tão penoso orar. Você usou a oração para ditar a Deus quando e como deve Ele de salvar-lhe os queridos.

Quão diferentes se nos tornam as preces intercessó¬rias em favor de nossos queridos quando aprendemos a dei¬xar tudo nas mãos de Deus

Fazem-se elas serenos e con¬fidenciais colóquios nossos com Ele a respeito daqueles a quem tanto amamos e por quem estamos tão solícitos até que se reconciliem com o Senhor. Verá, então, maravilhas em seu lugar secreto de ora¬ção. Verá Jesus , seu eterno Sumo Sacerdote ajoelhado a orar.

Vê-lo-á acenando-lhe a que se ajoelhe a Seu lado e o ouvirá a dizer: “Você ama a êsses queridos seus, mas Eu os amo ainda mais. Eu os criei. Morri pelos seus pecados.

Você e Eu, ambos os amamos. Agora, oremos para que entrem no reino dos céus. Somente não se desanime nem desespere, se demorar!”

Não é verdade que horas tais consumidas em diálogo com Jesus acerca de nossos queridos se tornam períodos de oração realmente abençoados? Você se ergue sereno e con¬fiante, não importa quão mundanizados e obstinados se ha¬jam feito aqueles por quem ora.

3.Esquecemo-nos de orar em nome de Jesus.

Todo discipulo de Jesus que tem gozado de comunhão com Deus prova várias experiências nos mo¬mentos de oração. Momentos quando, por assim dizer, Deus nos os toma em seu colo, e carinhosamente o aperta junto ao Seu coração. Momentos quando Ele sussurra palavras indescritíveis, direto às nossas almas. E, todavia, o que Ele nos falou não continha novidade.

Eram coisas conhecidas e familiares, verdades da Bíblia referentes à Cruz e ao Sangue e ao infinito amor de Deus para com os pecadores. Mas era Deus que estava falando. Nosso coração transbordou de indizível gozo. jamais imagináramos, até então, que possível fosse experimentar aqui na terra algo tão bem-aventurado.Então começamos a orar. Não podíamos deixar de fazê-lo. Nosso coração estava a extravazar e era tão delicioso falar com Deus em condição assim tão venturosa.

Agora era fácil orar. Víamos a Deus plenamente porque estávamos tão próximos dEle. Víamos quão bom é Ele. E é por isso que era tão agradável poder falar-Lhe aberta¬mente de nosso pecado, de nossas tristezas, de nossas afli¬ções, de nossas preocupações íntimas, nosso temores, nossa ansiedade.

E, havendo-Lhe falado dessas coisas, começamos a falar-Lhe a respeito de nossos queridos. Era tão fácil. Nunca antes nos havíamos sentido tão à vontade para apresentá-los a Deus e deixá-los em Suas mãos.

Mas, não paramos ai. Tudo que nos ocorreu à lem¬brança se nos tornou matéria para oração e ação de graças. Falamos com Deus acerca de nossos parentes e de nossos amigos, acerca de crentes e incrédulos, acerca de todos os diversos aspectos da obra cristã. Nosso coração estava tão repleto de amor e solicitude que estaríamos dispostos a jubilosamente levar o mundo inteiro a Deus nos braços da oracaO.

Então exclamamos: “Daqui em diante irei orar dife¬rentemente. Imaginar que até agora tão reduzido foi o meu entendimento da abençoada função da oração! Agora vai ser diferente!” Diferente se tornou, de fato, nossa vida de oração. E assim continuou não apenas por alguns poucos dias mas durante semanas, meses até.

Algo ocorreu, então. Ao orar, certo dia, não sentimos o gózo costumeiro e .0 zêlo usual que vínhamos experimentando já por certo tempo. Arrazoamos: “É questão passageira. Neste mo¬mento orarei apenas por aquilo que parece mais urgente. Intercederei quando sentir que a disposição conveniente de nóvo me invade o coração.” Nosso coração estava tão indisposto, tão indiferente que não parecia possível comcçar a orar por tódas essas coisas outra vez.
Mas aquela bendita disposição que havia experimentado não lhe voltou ao coração. E, aos poucos, retornou você ao primitivo modo de orar.


Por que isto se deu?
( Continua na quarta postagem desta série )

O discípulo e a sua vida de oração ( 2 )

( baseado nos textos de Eugene Peterson)

Sem a prática nenhum discípulo se tornará um homem ou mulher de oração. E a prática não pode ser alcançada sem a perseverança.

Viver em oração, orar com um espírito espontâneo, com ale¬gria, com gratidão e com adoração, é algo que está além, muito além de nossa pobre capacidade humana.
É preciso aprender a orar no espírito .O Espírito nos ensina a orar.
Através da Palavra e do exercício diário , O Espírito Santo vai nos tornando homens e mulheres de oração.Pouco a pouco nos convence dos erros que cometemos ao orar. Mostra-nos que a vida de oração tem se tornado uma atividade penosa por causa dos erros que temos incorrido quando oramos.
Então nos aponta qual é o verdadeiro significado da oração e o maneira adequada como devemos orar. Aos poucos adquirimos a prática necessária. Adquirir experiência na oração é como aprender a manejar com eficiência qualquer instrumento.
É difícil manipulá-lo enquanto não o fazemos de maneira ade¬quada.A qualidade e eficiência, ficam comprometidas .A vida, em todos os seus aspectos, é regida de leis específicas. Onde tais leis são obedecidas, a vida é sadia e exuberante.

De igual modo, a vida de oração tem as suas leis próprias. Se violamos essas leis, se oramos de modo inadequado, nossa vida de oração será pesada e infrutífera. Se, porém, descobrimos e segui¬mos as leis que regulam a oração, leis que Deus mesmo estabeleceu quando nos concedeu o privilégio de estar diante de sua face , então a oração será sadia e normal. Há quem possa dizer : “Que vantagem há em orar? Não vejo efeito nenhum da oração em minha vida.

Vamos considerar alguns dos erros mais co¬muns que fazemos quando oramos, conforme nos ensina o Espírito Santo através da Palavra.

1.Pensamos que é necessário ajudar a Deus a atender-nos a oração.

Isto nunca foi a intenção de Deus. Nossa parte é orar. Deus se incumbirá de ouvir e atender. Para isso Deus não precisa de nenhum concurso de nossa parte.E’ surpreendente até que ponto somos nós influencia¬dos pela ideia de que, por meio de nossas orações, devemos ajudar a Deus, até certo limite, a responder-nos as petições. Quando não mais, pensamos, pelo menos, que nos incumbe sugerir a Deus como nos deveria Ele responder. Tomemos um exemplo de nossa prática diária da oração. Seja o caso de orarmos em favor de duas pessoas, pe¬dindo que sejam despertadas e convertidas. E’ fácil orar por uma delas: não é tão fácil orar pela outra.

Por quê?
Bem, uma é pessoa cuja índole, cuja educação e cujo temperamento são tais que nos causam a impressão de que será comparativamente fácil de converter-se. Em outros termos, quando vemos algum meio de atender-nos Deus às petições, é-nos fácil orar.
A outra, porém, é uma personalidade de índole, edu¬cação e temperamento de tal ordem que não podemos ver como se poderá humilhar e prostrar diante de Deus, como poderá ser persuadida a confessar seu próprio pecado e a com êle romper decididamente e a aceitar o vitupério de Cristo identificando-se com o pequenino e desprezado rebanho de crentes na terra.

Porque não vemos como Deus nos pode responder a essa súplica, parece-nos difícil orar em favor de tal pessoa. O Espírito de oração quer-nos ensinar que não deve¬mos de preocupar-nos com a questão de se a resposta de Deus à nossa oração Lhe é fácil ou difícil. O que pensamos ou deixamos de pensar a esse respeito não exerce influência alguma no fato de ser a oração ouvida e respondida.
Não apenas isso, porém; produz mesmo um efeito prejudicial e destrutivo sobre nossa vida de oração, porque despendemos energia em algo que não é nosso mister e de que o Senhor jamais nos incumbiu. Este segredo da oração se me desvendou, certa vez, muitos anos passados, quando estava lendo a encantadora mas sucinta narrativa das núpcias em Caná da Galiléia .

João2:1-11

" Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento.Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser. Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas.Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram.Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora. Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.

Jesus, Sua mãe e Seus discípulos haviam sido convi¬dados para um casamento.
E’ bem provável que a família fosse aparentada com a de Jesus ou, pelo menos, lhe fosse muito intima. Pelo menos podemos observar que os chefes da casa informaram a mãe de Jesus acerca de uma situação embaraçosa : o vinho se esgotara. Então a mãe de Jesus se revela experimentada e autêntica mulher de oração.

Em primeiro lugar, ela se encaminha à presença de Jesus e simplesmente O informa do que está acontecendo.

Em segundo lugar, notem o que ela diz: a Jesus.
Apenas estas poucas e singelas palavras “Eles estão sem vinho.
Oração é isso. Orar é dizer a Jesus aquilo de que carecemos.
Intercessão é relatar a Jesus aquilo que percebemos estar faltando a outros.

Em terceiro lugar,observem que ela não fêz mais nada. Após comunicar a Jesus a necessidade da família sabia ela que nada mais lhe restava fazer.
Sabia que não era necessário tentar ajudar a Jesus , sugerindo--Lhe o que devesse fazer, ou coisa parecida. Ela O conhecia e estava certa de que o problema havia sido deixado nas mãos certas . Nem sequer ficou em dúvida quanto ao que Jesus iria fazer com o seu comunicado.
Reconhecia, também, que não era preciso influenciá-lo ou persuadi-lO a que ajudasse àquela família .

Em quarto lugar, aprendemos com Maria que ,apre¬sentado o seu pedido, nada mais tinha a ver com a questão; Ela passara às mãos de Jesus. Portanto descançou.
Ela tinha feito o seu papel. Agora já não tinha mais responsabilidade na embaraçosa situação. A responsabilidade era agora de Jesus.
Era Jesus que tinha agora de atender ou não e se atendesse - achar os meios de ajudar os chefes da casa.

Note-se que Maria, nunca antes vira Jesus transformar água em vinho,
Logo, é quase certo natural que ela nem pensasse numa solução como essa.

Ela conhecia Jesus muito bem e sabia que Ele sempre tinha uma solução adequada para toda e qualquer situação.
Isso era algo que não lhe dizia respeito e acerca de que não necessitava de perder tempo e esforço.


Eis aí alguém que verdadeiramente é um exemplo . Uma mulher que orava corretamente! Para muitos de nós a oração continua sendo uma atividade penosa, porque não temos aprendido ainda que orar consiste apenas em levar ao conhecimento de Jesus a nossa necessidade ou a necessidade de uma outra pessoa. Entretanto , achamos que isso não basta. Orar não pode ser coisa assim tão simples.
E, essa é a razão porque tantas vezes deixamos o lugar de oração com o coração apertado.

Será que Deus vai mesmo me ouvir ?
Será que Ele vai dar atenção a este pedido tão simples ?
Como Ele vai fazer ? Tudo parece tão impossível .”
Quem será que ele vai usar ?
Quais os métodos que vai usar ?
De onde virá o que necessito ?
Quando será que virá a resposta ?


Então passamos a viver um estado de intensa ex¬pectativa. A ansiedade começa nos invadir, acompanhada de uma certa dose de angústia. E se a resposta não vem logo , ai então concluímos que devemos fazer mais alguma coisa até que, ao fim, Deus acabe por nos ouvir.

Precisamos aprender com Maria , a mãe de Jesus.
Precisamos aprender a conhecê-lO tão bem que nos sentimos seguros após confiar-Lhe as dificuldades que nos afligem.

Conhecer a Jesus assim é pré requisito qualquer oração legítima .
Portanto, é isso que o Espírito santo nos tenta ensinar. É sua tarefa, sua missão revelar-nos Cristo e glorificá-lO .
João 16:13-14 ". . .quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar."

À proporção que vamos aprendendo a conhecer melhor a Jesus, nossas orações se tornam confidências tranquilas e conversas abençoadas com Ele, nosso melhor Amigo.
Os assuntos serão os mais variados e descontraídos. Tudo aquilo que nos vai pela mente, sejam as nossas próprias necessidades, sejam as dos outros.
Experimentamos uma paz indescritível e uma segurança maravilhosa .
Quando con¬fiamos-Lhe nossos problemas, pequenos ou grandes, estaremos certos de que Ele não só está pronto a agir pelo nosso bem mas também sabe o que nos é melhor e o tempo mais adequado para que estas coisas aconteçam.
Nossa vida de oração se tornará especialmente se¬rena quando compreendemos realmente que, depois de lhe ter falado acerca de qualquer situação, só nos resta agora esperar e descançar.

Filipenses 4:6 "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças."

A partir desse momento nós Lhe transferimos a responsabilidade.

Quando aprendemos este segredo , com o Espírito Santo, nossa vida de oração se livra de muita da¬quela ansiedade e daquela inquietação interior que tínha¬mos antigamente ao orar.

E após orar, experimentamos uma nova paz. Passamos a questão às mãos de Jesus, e como Sua mãe, podemos retornar a nossas ocupações serenos e felizes. Jesus agora assumiu a tarefa. Ele está no controle . Então tudo está bem

Em lugar da ansiedade e da inquietação de antes, podemos talvez apenas experimentar uma espécie curiosidade, ou seja , já que a questão está nas mãos de Jesus, como será que Ele vai resolver esse problema

Outro erro na vida de oração :

2.Usamos da oração com o propósito de ordenar a Deus que nos faça a nossa vontade.

Na oração do Pai nosso oramos : venha nós o teu reino faça-se a tua vontade.
Entretanto temos a mania de nos esquecer desta oração ensinada por Jesus. Este é o segundo grande e comum engano que cometemos em relação à oração. Deus, porém, jamais pre¬tendeu que se utilizasse a oração para tal fim. Deus não permite que Lhe demos ordens. O Senhor não nos deu Suas promessas e o privilégio da oração para que os empreguemos , como se estivéssemos batendo sobre a mesa dele com um punho autoritário a exigir que ele faça o que nós queremos , do jeito que quermos e no tempo que queremos.

(Continua na terceira postagem desta série)

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O discípulo e a sua vida de oração ( 1)

Quando leio na Bíblia aquele vesículo de Tiago, que diz : Não tendes, porque não pedis” (Tg. 4:2) tenho a sensação de perceber a tristeza que brota do coração de Deus. Como se dissesse : eu tenho tanto a lhes dar . . . mas vocês não pedem

Ele tem tudo o de que necessitamos, e nada Lhe é mais prazeroso do que encher-nos de Suas bênçãos. Mas, estranhamente nós não lhe pedimos.
Não temos tempo, dizemos nós. Ou nos esquecemos de orar. O resultado é que nos arrastamos como aleijados , espiritualmente subnutridos e debilitados, quase sem forças para sequer manter-nos de pé, quanto mais para lutar e marchar contra o pecado e servir ao Senhor. Eu e você temos pecado grandemente contra nosso misericordio¬so Pai Celestial. Temos entristecido ao Senhor durante todos este anos em que temos vivido com Ele. Mas, a maior de todas as tristezas desde que nos convertemos ao Senhor, se rela¬ciona com a oração, a negligência em orar. Esta negligência tem nos arrastado à prática de outros tantos. As centenas de oportunidades que tivemos de orar e não as aproveitamos, o número de respostas à oração que Deus haveria concedido se eu houvesse orado, me acusam mais e mais veementemente à proporção que vou ficando mais familiarizado com o reino sagrado da oração.

Por que tantos de nós falham assim , tão frequentemente, em nossas vidas de oração? Eu sei que ter e manter uma vida de oração não é tarefa fácil. Percebo que a oração quase sempre não tem se constituído numa atitude voluntária e prazerosa . Tenho percebido que orar está mais para esforço do que para deleite, prazer.Posso até admitir que para aqueles que andam longe de Deus a oração deva se constituir numa tremenda chateação. Isto não me causa surpresa.
A própria Palavra de Deus diz que : ele “não recebe as coisas do Espírito de Deus, pois lhe são loucura 1 Cor. 2:14. “O pendor da carne é inimizade contra Deus” Rom, 8;7
É claro que o homem natural pode , às vezes sentir, desejo de orar. Isto normalmente acontece, por exemplo, quando ele se defronta com um perigo ou quando lhe ocorre um lampejo de religiosidade . Mas, é improvável que uma pessoa que não dá valor à vida espiritual pratique a oração diária, regular. Nossos amigos lá na sociedade , seguramente consideram a oração uma chatice.
Agora, o que dói , o que nos entristece é a constatação de que esse modo de pensar prevalece até mesmo entre aqueles que se dizem membros da igreja de Jesus.
Normalmente, quando acontece os primeiros anos de nossa conversão iniciamos uma vida de oração contínua, intensa e prazerosa . Os períodos de oração eram momentos os mais felizes do dia. Mas, com o passar do tempo, começamos a relaxar e colocar uma série de dificulda¬des para a nossa vida de oração.

A oração passa a ser um fardo pesado, uma tarefa penosa. Alguns de nós , até somos honestos em nosso pro¬pósito, apegamo-nos diligente e fielmente à oração mas, na verdade , lutamos com o desânimo e o in¬gressar no lugar secreto se torna uma tarefa pesada, exaustiva. A oração, antes uma expressão espontânea, feliz e esperada comunhão da nossa alma com Deus, começa a tornar-se mera obrigação, que passamos a cumprir por que nos sentimos devedores , ou então é porque é isso que se espera de alguém que é cristão.Eu percebo que quanto mais penosa se torna a vida de oração, tanto mais facilmente vamos negligenciando nossa comunicação e comunhão com Deus. Este estado de coisas trazem consigo consequências fatais à vida espiritual. Embora não surjam de imediato, não deixam de acontecer.

Acima de tudo, nossa mente se mun¬daniza e nos sentimos mais e mais afastados de Deus e, portanto, menos e menos temos assuntos a falar com Ele¬. Então, desenvolvemos um espírito de resistência, que descobre sempre pretextos para não orarmos e desculpas por havermos negligenciado a oração. Nossa vida interior começa a implodir, desmoronar . A angústia de vivermos em pecado não a sentimos tão vividamente como outrora, pois que não mais confessamos a Deus, honesta¬mente, o nosso pecado,

Como consequência a visão espiritual começa a ficar turvada, embaçada e não mais distinguimos claramente aquilo que é pecado daquilo que não o é. A resistência ao pecado começa a se processar , essencialmente nos moldes idênticos aos das pessoas do mundo, daqueles que não andam com Deus. Como não querem perder a reputação de cristãos, de evangélicos, então passam a ocultar o mundanismo de sua mente tanto quanto possível.
Limitam-se a evitar os chamados pecados graves. Mas não resistem aos pecadinhos, afinal, ...ninguém é de ferro. Quando participam de uma reunião de oração, percebe-se uma linguagem falsa , forçada que não está em harmonia com o interior.

A oração não exige grande capacidade natural, nem conhecimentos avantajados . Qualquer pessoa pode orar mesmo que não seja dotada de talentos, ou que nunca tenha recebido uma refinada educação. Pobres ou ricos , todos podem cultivar a vida de oração.
Entretanto , há certos requisitos para que se adquira uma boa vida de oração. De modo geral, dois são os requisitos essenciais: prática e perseverança.

( Continua na próxima postagem