quarta-feira, 29 de abril de 2009

autoliderança

Lidere-se!
Entrevista com Paulo Solonca
Publicado em 27.04.2009 no site do Instituto Jetro.

Entrevistamos um pastor com muitos anos de experiência em discipulado e treinamento de líderes para explorar um assunto que quase sempre não lidamos muito bem: a autoliderança.

Na Bíblia há vários exemplos das conseqüências funestas da ausência de autoliderança, tais como Sansão, Moisés, Salomão e Pedro. E hoje, segundo o nosso entrevistado Paulo Solonca, a ausência da autoliderança tem não somente produzido esgotamento, como também levado muitos líderes ao fracasso e, lamentavelmente, ao escândalo.

Paulo Solonca já tem 30 anos de ministério e é pastor da PIB em Florianópolis onde ministra há 23 anos. É conferencista, escritor de vários livros de reflexão espiritual e da série de Manuais para Discipulado. É docente do Instituto Haggai e colabora com outros ministérios como a Associação de Discipuladores Cristãos e Projeto Timóteo

Como o senhor definiria autoliderança?

Paulo - John Haggai definiu liderança como sendo “o esforço consciente de exercer uma influência especial dentro de um grupo no sentido de levá-lo a atingir metas de benefício permanente que supram as necessidades reais de um determinado grupo”. Este esforço está voltado e focado para ajudar outras pessoas. Entendo que autoliderança tem a ver com as atitudes que alguém desenvolve consigo mesmo. O ser humano é ambivalente. É acossado e às vezes afligido por pensamentos, sentimentos e volições contraditórias e simultâneas. A autoliderança pressupõe uma viagem que fazemos para dentro de nós mesmos com a finalidade de conhecer nosso potencial e nossa limitação. É um processo de descoberta e de controle destas forças que atuam no nosso interior. É desta maneira que conseguimos gerenciar nossas qualidades e nossos defeitos, nossas virtudes e nossas imperfeições, nossa face autêntica, mas também aquela que nos esforçamos por ocultar. No meio desse campo de batalha, a autoliderança surge como uma ferramenta aliada e fundamental para quem deseja liderar.

Assumir o controle de nossas próprias vidas faz parte do universo da autoliderança?

Paulo - Sim. Em Gênesis 4:7 Deus diz para Caim “... Eis que o desejo jaz à porta de seu coração; cabe a ti dominá-lo.” É de nossa competência e responsabilidade assumir parte do controle de nossas vidas. Este não será um controle total, pois somos alvos de diversos poderes que atuam sobre a humanidade, assim como estamos, inclusive, à mercê da soberania de Deus. Contudo, A Bíblia nos adverte em Provérbios 4:23: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida”.

Preocupar-se consigo mesmo não seria algo que estaria na contramão do evangelho?

Paulo - De modo algum. Quando Jesus fala a respeito da negação de si mesmo, temos que entender o contexto quando ele pronunciou esta palavra. Jesus se referia aos requisitos para alguém se tornar seu discípulo. Jesus se preocupava consigo mesmo. Quando cansado, se retirava para refazer suas forças e orar. Ele mesmo convidou seus discípulos a se retirarem a fim de descansar. Paulo escrevendo a seu discípulo Timóteo em 1 Tm 4:16 alerta: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”. Em Provérbios 16:32 o escritor afirma: “. .. Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade”. Creio também que seria bom lembrar que o “Domínio Próprio” é fruto do Espírito. Na língua grega “domínio próprio” é "egokratos" = ter o “eu” sob controle. Saber controlar suas emoções. Conhecer suas fraquezas e saber tratá-las com a ajuda do poder do Espírito Santo.

Há muita discussão se liderança é algo inato ou desenvolvido. Esta discussão valeria também para a autoliderança?

Paulo - Toda discussão saudável trás sua colaboração. Defendo o lado daqueles que acreditam que liderança é a composição de fatores inatos com o seu desenvolvimento. Entretanto, quando nos referimos a autoliderança, creio que nem sempre o indivíduo nasce com esta habilidade. Ela está mais para o desejo e a busca por alcançá-la. Nesta busca o líder terá que refrear, muitas vezes, seus instintos e tendências que estão ligados à parte inata de seu ser. Aliás, quase sempre esta é a “parte podre” de sua personalidade, aquela que mais lhe dá trabalho. Seria bom lembrar o que o apóstolo Paulo fala sobre o assunto, quando escreve à igreja de Roma: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.. . Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço... Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Rm 7:18,19 e 24. Contudo, seria bom frisar que, não só as coisas negativas da nossa natureza carnal é que deveriam ser alvo de nossa disciplina de autoliderança. Muito de nossas virtudes e nossos talentos podem ser potencializados e se transformar em habilidades, através do exercício que a própria vida nos fornece. Exercitamos a autoliderança quando estamos sempre atentos à maneira como reagimos aos acontecimentos. Provérbios 10:19 “... No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente.”

Como desenvolver a autoliderança? Quais seriam alguns passos práticos?

Paulo - Em primeiro lugar creio que é preciso conhecer-se a si mesmo. Conhecer o homem interior. Ao fazê-lo, se descobre no que somos bons e no que somos deficientes. Posteriormente creio que seria bom refletir sobre estas questões: 1. Será que sei o que é importante para mim mesmo? 2. Os meus objetivos são coerentes com os meus propósitos? 3. Reconheço as minhas fraquezas e limitações? 4. Tenho aprimorado minhas habilidades ante os desafios da vida? 5. Minhas habilidades definem o caminho escolhido? 6. Há coerência entre os meus princípios, valores, papéis e atitudes? 7. Conheço minhas reações? 8. Penso antes de agir? 9. As minhas ações dependem dos meus sentimentos? 10. Sou capaz de reconhecer necessidades e dificuldades diferentes das minhas?

Há inúmeros casos de líderes que deixam o ministério por estarem esgotados nas mais diversas áreas de suas vidas. A falta de uma boa autoliderança poderia minimizar ou evitar tal fato?

Paulo - Creio que a ausência da autoliderança não só produz esgotamento, como também tem levado muitos líderes ao fracasso e, lamentavelmente, ao escândalo. Se fizermos uma avaliação criteriosa da vida e ministério daqueles que fracassaram constataremos essa falha. Na verdade, todos nós, líderes, conhecemos nosso potencial e também os nossos pontos vulneráveis. O problema todo reside na humildade de admiti-los e na inabilidade em lidar com eles. Assim como liderar outros pressupõe treinamento, exercício e dedicação, também deveríamos primar por exercitar disciplinas que podem nos ajudar a controlá-las de modo eficaz. Na Bíblia temos vários exemplos das conseqüências funestas da ausência de autoliderança, tais como Sansão, Moisés, Salomão e Pedro.

Que conselhos o senhor daria para aqueles líderes e pastores que se sentem em débito nesta área?

Paulo - Gostaria de incentivá-los a priorizar esta disciplina. Isto requer tempo e dedicação. Requer também uma boa dose de humildade e coragem, mas vale a pena. Existem bons livros à disposição sobre o assunto. Há um site que recomendo e que oferece um teste sobre autoliderança e sua interpretação. Trata-se do www.merkatus.com.br Na verdade, a melhor recomendação que poderia dar é esta: leia a palavra de Deus com atenção. Ela está repleta de bons conselhos para se autoliderar.

Se você quiser ler mais sobre o assunto, acesse nossa área de downloads para baixar um capítulo do livro Liderança Corajosa de Bill Hybels. Trata-se do capítulo 9 intitulado “A arte da autoliderança” que foi gentilmente cedido pela Editora Vida. Este livro também está disponível para venda na nossa loja virtual.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

CONTINUANDO A CONVERSÃO

A CONVERSÃO IMPLICA EM VIVER UMA ETAPA DE DESESTRUTURAÇÃO

Filipenses 3: 7-8
". . . Mas o que para mim era lucro eu o tive como perda, por amor de Cristo. Mais ainda "Tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, eu perdi tudo e tudo considero como esterco, para ganhar a Cristo . "

Há na vida, um momento em que as coisas " de antes "precisam ser tidas como lixo. Se não tivermos a coragem de chamá-las assim, corremos o risco de não nos converter de fato, de não renascer para uma nova vida.
Além disso, a conversão autêntica nos leva a sentir náuseas da nossa velha maneira de viver. O estilo de vida anterior , a uma certa altura do processo aparece como contraditório e frustrante.

Não só porque nos impede de viver os novos valores de maneira autêntica, mas porque nem mesmo permite experimentar uma satisfação plena das nossas necessidades. O pecado e seu prazer já não satisfazem como antes.

Conta-se que Santo Agostinho, vivia em Hipona, cidade onde passou grande parte de sua vida. Antes de se converter a Jesus, Agostinho levava uma vida pecaminosa. Era homem boêmio, dado à bebida.

Em sua devassidão moral , viveu com várias prostitutas. Entretanto, depois de seu encontro com Jesus, Agostinho desce do mosteiro onde se recolheu para meditar e vai até a sua cidade.
Andava ele pelas mesmas ruas onde antes se deleitava com os prazeres da carne quando, de repente uma de suas amantes o reconhece e grita por seu nome. “. . . Agostinho ! ! ! , Agostinho ! ! !

Entretanto, sem olhar para trás, ele acelera seu passo, enquanto a prostituta continuava a persegui-lo gritando : Agostinho ! ! ! , Agostinho . . . até que , finalmente o agarra e lhe diz

“____”Agostinho, não me reconheces ? Sou eu . . . sou eu , sua amante de tantas noitadas !

Agostinho, fitando-a nos olhos diz emocionado : “____ Sim , de fato és tu , entretanto eu não sou mais eu .” Agora Cristo vive em mim.

Você já experimentou esta etapa em sua vida ? Você cre firmemente que Cristo vive em você, que você já não é mais o mesmo de antes de conhecê-lo e de se entregar a Ele como seu Salvador e Senhor ?

Por esta razão, gostaria de ajudá-los a entender que o pecado tem que ser tratado com seriedade na vida de todo discípulo de Jesus.

O pecado tem sido responsável por esta sensação de mal estar, por este vazio espiritual, por este tédio da fé de muitos.

A conversão é uma etapa de desestruturação, porque é o momento em que a pessoa percebe que precisa livrar-se de determinadas estruturas sobre as quais tinha fundamentado a própria vida. É uma etapa de desmonte, de desmanche, de demolição, de reforma

A atração por Deus , pelo transcendente, pelas coisas espirituais e a decepção de um certo estilo de vida anterior despertam nela uma necessidade profunda de mudar. De caminhar na direção do novo, do inusitado, de começar a pensar nas coisas do alto.

COLOSSENSES 3 : 1 "Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.
Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória. Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência.

Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas.
Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.
Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.
Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.
E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.


ESTUDOS SOBRE CONVERSÃO
Pr. Paulo Solonca

JOÃO 3:3" Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus”

A IMPORTÂNCIA DE CONVERTER-SE .

Discípulo de Jesus que não sabe o que significa conversão , novo nascimento, ou nova vida, é alguém fadado ao fracasso espiritual. Veja o que Ele afirma em João 3:7 ". . . Não te admires de eu te haver dito : Necessário vos é nascer de novo ".

MATEUS 18:3 "Se não vos converterdes e não vos tornardes como criancinhas, de modo algum entrareis no Reino do Céu. "

Você sabe o que é conversão ?

Converter-se é um termo que tem as seguintes conotações :

1. Deixar-se conduzir à fé que se julga ser a verdadeira:
2. Mudar de partido, de parecer, de modo de vida:
3. Mudar (uma coisa) em outra de forma e/ou propriedade diferente;
4. Substituir alguma coisa por outra
6.Transformar-se, mudar-se, transmudar-se:
7.Mudar de opinião, e

Converter-se a Jesus Cristo é decidir-se firmemente por Ele, seus ensinos, e, proposta de vida.

É a experiência maravilhosa de transformação de nosso caráter que começa com o novo nascimento e continua até o fim da vida .

É andar segundo a vida do Espírito que nos reveste de Cristo.
É colocar-se no caminho de Cristo e segui-lo.
É romper com a velha vida.
É mudar de mentalidade, deixar-se guiar pelos critérios do Espírito e não mais pela carne.


CONVERTER-SE É SAIR DAS TREVAS E VIR PARA A LUZ

A conversão é iniciada geralmente por uma crise onde se percebe estar em trevas. É o momento que se admite estar indo para uma direção errada , acompanhado de um desejo de mudar de direção e ir ao encontro da luz.

Os Evangelhos nos explicam que a conversão é caracterizada por libertação das trevas e entrada para o Reino da luz, já que Jesus é a luz do mundo , a verdadeira luz que ilumina a todo o homem. João 1: 4-9

João 8 : 12 , 31 - 32
“. . . Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida

Jesus, disse , ainda em relação às consequências de segui-lo :

“. . . Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.

João 8 :32 tem sido usado como um texto isolado para justificar uma dezena de pretensas propostas de libertação. Entretanto poucos notam que a verdade que liberta está intimamente e inseparavelmente ligada à condição de se tornar um discípulo . Discípulo caracterizado pelo apego e permanência na palavra.

Lucas 4:18

“. . . O Espírito do senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me para proclamar libertação a, e restaurar a vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. “os cativos

Todos nós, antes do novo nascimento, vivíamos na cegueira espiritual. Não percebíamos o mal que estava em nós. Não nos dávamos conta do quão egoístas e impuros éramos. Não conseguíamos enxergar as nossa falhas, nossos defeitos, nossos pecados .
Por esta razão estamos enfatizando que - para a conversão é muito importante o sair das trevas, da cegueira e vir para a luz

Colossences 1:13
“. . . Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor. “

É preciso compreender que a conversão implica em uma caminhada onde se descobre que Deus está acima de todas as coisas, e é muito maior do que nossos projetos e ideais.

Deus é , muitas vezes , contrário de como o imaginamos e transcende infinitamente a nossa realidade de criaturas humanas.

Deus não pode ser entendido nem explicado pela nossa razão, nem pela nossa lógica míope, nem atingido pelas nossas sensações emocionais.

A Bíblia diz em .Isaias 55 : 9 que os seus caminhos não são os nossos caminhos ,nem os seus pensamentos - os nossos pensamentos..

Diante de um Deus assim transcendente, a gente acaba descobrindo de que a única resposta válida é a transcendência de si mesmo e do próprio mundo.

A conversão se torna portando num processo paciente de transformação de nossa própria história.

Isto exige coragem, penetra todo nosso ser e se articula , se processa e acaba por acontecer por fases precisas e bem definidas.
Por ocasião do início da conversão, uma luz invade aquele que passa pelo Novo Nascimento e progressivamente o faz descobrir os falsos deuses do passado.

Até a nossa hierarquia de valores, a nossa maneira própria de interpretar a realidade, simpatias, apegos, de todo tipo, às pessoas ou às coisas . . . , tudo aquilo que é um ídolo e que ocupa o lugar de Deus . . . tudo sai das trevas e é iluminado pela luz do Espírito Santo.

Quanto mais nos aproximamos de Deus, tanto mais nos tornamos sensíveis a tudo o que, de certa forma, dele nos afasta.

Quando Deus se revela a uma pessoa, tudo mais perde valor, ou assume um valor novo, diferente e indescritível. Jesus , certa vez, explicou esta realidade - de descobrir o valor de se converter e se agregar a seu Reino.

Ele comparou o processo da conversão à atitude de :

a) alguém que vende tudo o que tem para comprar um campo onde encontrara um tesouro escondido
b) um colecionador de pérolas que tendo encontrado uma pérola de grande valor, se desfaz de sua coleção de pérolas ,vendendo-as para adquirir uma única pérola, porém de valor imensurável.

Em ambas as comparações , percebe-se um clara e definida decisão, baseada numa reavaliação de valores.

Em outras palavras, ao nos depararmos com a possibilidade de nos tornar discípulos de Jesus Cristo, somos levados a uma confrontação dos nossos valores.

Quando isto acontece, nos damos conta de que aquilo que nos parecia indispensável - já não é mais.

O que era importante - já não é tão importante.

Aquele amor ou paixão que satisfazia nosso coração e do qual parecia-nos impossível prescindir, abrir mão ou abandonar - mostra-se, na realidade, uma paixão muito pobre para um coração chamado a apaixonar-se por Deus e chamado a ser-lhe fiel . A devoção a Deus passa a ser mais significativa do que outros amores.